quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O FEMININO NA SOCIEDADE CELTA


O que sempre me encanta nos mitos e na história dos celtas são os freqüentes relatos sobre mulheres ruivas, altas, tão lindas quanto valentes, urrando gritos de guerras num campo de batalha, bradando suas próprias espadas ao lado de e contra homens tão fortes quanto elas.
Nas tribos celtas, as mulheres ocupavam posições tidas como essencialmente masculinas por civilizações vizinhas como a grega e romana.

O fato de elas lutarem como guerreiras não anulava a beleza e menos ainda a feminilidade da mulher celta.

Ser guerreira era algo nobre, mas não impedia que esta mesma mulher fosse também sensual ou mãe, pelo contrário, a força e a delicadeza aliadas eram exatamente o seu diferencial, eram as características que faziam dela uma pessoa segura, intrépida e apaixonante.

Existem várias facetas, muitas vezes contrastantes, que coabitam o mesmoespírito de uma mulher celta.


BOUDICCA


A história de Boudicca, rainha da tribo Iceni, comprova isso.Com a morte de seu marido, o rei Prasutagus, Boudicca passa a chefiar sua tribo que não estava nenhum pouco disposta a ceder ao domínio romano.

Ao tentar resistir, Boudicca é capturada, açoitada e ainda obrigada a presenciar suas duas filhas serem estupradas por uma porção considerável de soldados romanos.
Dignamente a rainha se retira dos domínios do inimigo com suas filhas jurando vingança.

Com toda a fúria que somente uma mulher de espírito celta poderia ter, assumiu não só o controle dos Iceni, mas também da tribo vizinha, os Trinobantes.

Juntos, varreram pelo menos dois povoados romanos na Grã-Bretanha, Camulodunum (atual Colchester) e Londiniun (atual Londres).
Os romanos só conseguiram vencer os destemidos guerreiros e guerreiras celtas após muitas batalhas sangrentas.

Foram obrigados a criar novas estratégias e aumentar seus exércitos.

A história registra que Boudicca preferiu a morte ao domínio romano e partiu para o outro mundo clamando por Andraste, a deusa celta invencível.
O conflito entre Boudicca e os romanos foi relatado em 2003 no filme "A Rainha da Era do Bronze".

Uma excelente produção, mas infelizmente pouco conhecida pelo grande público no Brasil.

Um conceito marcante e recorrente na cultura celta é a relação intrínseca entre a soberania da Terra representada pela rainha de um povo.

Quando os soldados romanos humilharam Boudicca e suas filhas, não era somente a honra delas que estava sendo duramente ferida, mas a honra de cada Iceni.

Agredir física ou moralmente uma rainha era o mesmo que manchar a soberania da Terra.

A história de Boudicca me fez perceber que o que alimentava a coragem e ousadia da mulher celta era justamente o respeito e a confiança que o povo tinha na figura feminina.

Arrisco afirmar que ela só conquistou várias vitórias sob os romanos por que sua tribo se deixou liderar por suas palavras e estratégias de coragem.

Nenhum de seus guerreiros exitou em seguir uma mulher, como seria passível de acontecer em outras culturas já impregnadas de conceitos machistas..


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

HERMIONE, BELLA SWAN E O MACHISMO


Machismo não é um tema novo, embora seja atual. Recentemente, uma série voltada para o público jovem feminino reeditou o velho roteiro dos contos de fada que exploram a fragilidade feminina. Estamos falando de Crepúsculo, é claro.

A série conta a história de amor entre uma garota tímida e um vampiro super-poderoso.

Ao criar a personagem Bella, Stephenie Meyer deixou psicólogos em alerta sobre a influência dos ícones da literatura na formação da personalidade juvenil.

Do outro lado, temos a bruxa Hermione, personagem da saga Harry Potter, da autoria de J. K. Rowling.

Embora não seja protagonista, ela tem papel de destaque no desenrolar da trama. Pensei em confrontar rapidamente as duas personagens e verificar como as autoras desses dois grandes sucessos editoriais tratam suas principais figuras femininas.




Bella Swan, filha de pais divorciados, é uma adolescente reservada. Ao longo da história, demonstra-se frágil e sempre inclinada a sofrer acidentes.

Ela cria um forte laço de dependência com o vampiro Edward Cullen, pelo qual declara amor num intervalo curtíssimo de tempo.

A garota não poderia viver sem ele. Contrastando com a figura desajeitada de Bella, temos o Edward. Ele acumula um catatau de qualidades: é belo, rico, ágil e forte. É o cara perfeito. Ele preenche cada lacuna dos mais profundos requisitos para príncipe encantado.

E é justamente nesse contraste entre Bella e Edward que mora o perigo. Examinando as disparidades entre os dois, enxergamos como a protagonista é uma figura indefesa e necessitada da forte figura patriarcal de Edward.

Para ilustrar essa dependência, podemos citar o episódio em que ela foi capaz de pôr a própria vida em risco apenas para ter alucinações com o amado. A autoridade do vampiro sobre a jovem fica expressa, por exemplo, no caso em que ele vandaliza o caminhão da mesma para impossibilitá-la de visitar o amigo Jacob.



Hermione Granger é uma garota que ama bibliotecas. Não faz bem o tipo bonitona, já que têm os cabelos absurdamente cheios e é um tanto dentuça.

Apesar de não ser a figura central da série Harry Potter, Hermione tem um papel decisivo na solução dos desafios que surgem ao longo da história, sempre decifrando ou indicando as pistas que levam à solução dos mistérios.

Ela tem um talento excepcional na realização de feitiços e tira ótimas notas na escola. Hermione se apaixona pelo amigo e companheiro de aventuras Rony Weasley.Apesar disso, não demonstra dependência à figura do amado.

Na verdade, Rony e Harry é que demonstram depender dela em vários momentos da série, tanto no que diz respeito aos trabalhos acadêmicos quanto na realidade prática, quando a bruxa executa feitiços extremamente úteis e muitas vezes desconhecidos dos garotos.

Desde pequenas, as garotas são acostumadas a ouvir histórias em que princesas são resgatadas por príncipes corajosos. É impressionante o alcance que os romances têm na formação dos valores da sociedade.

Com base nessa influência, psicólogos têm chamado atenção para o relacionamento entre Bella e Edward, onde há uma dose excessiva de dependência, o que estimularia a formação de relacionamentos amorosos doentios, onde um parceiro não pode viver sem a companhia do outro.

Organizações feministas criticaram a maneira como Stephenie Meyer retrata a figura feminina, deixando-a ora dependente de Edward, ora dependente do lobisomem Jacob.

É preciso que estejamos atentos para as mensagens que livros e filmes estão nos transmitindo. Em Os Contos de Beedle, o Bardo, Joanne Rowling tece uma pequena crítica às fábulas trouxas (não-bruxas) em que as mulheres esperam que “alguém lhes devolva o sapatinho perdido”.

Segundo ela, as bruxas retratadas nas histórias de Beedle “são muito mais ativas quando se trata de partir em busca da fortuna do que as heroínas dos nossos contos de fadas”. Elas “são mulheres que tomam o destino em suas próprias mãos”, diz a autora.(...)


Referência: http://potterheaven.com/noticias/

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"O que uma mulher quer?"


Há uma dinâmica fundamental por trás das atitudes de toda a mulher.
Parte é adquirida com sua interação social, parte é inata.
Quando a mesma dinâmica é constatada num grupo de pessoas, temos o que Jung denomina de ARQUÉTIPO.

Esta forma pura de energia na mitologia grega toma o nome de "Deusa".
As deusas personificam as muitas e diversas maneiras que uma mulher pode ser levada a adotar, a sentir e agir durante a sua vida, quando está apaixonada o arquétipo da Deusa do Amor se faz presente (Afrodite), quando está inspirada em um ideal ou busca ascender profissionalmente é a vez da Deusa da Sabedoria (Atena) ou quando está absorta em seu papel de mãe a Deusa da Terra e da maternidade chega para governar os seus instintos(Deméter).

Devido muitas vezes à nossa formação, há uma tendência de se considerar mitos antigos como bobagens supersticiosas ou lendas.
Engano nosso, pois eles representam uma psicologia altamente sofisticada.
É por intermédio dos arquétipos que se conhece a identidade das pessoas e a forma como elas interagem na sociedade.

Os arquétipos podem aparecer em sonhos, se manifestar no dia no dia-a-dia, ou permanecerem ocultos, mas sempre nos dão a dica que precisamos na busca da verdade e do conhecimento de si mesmo.

Vou passar a vocês a partir de agora, um pouco da pesquisa que fiz junto as Deusas gregas.
Vale a pena conhecer um pouco mais destas deusas maravilhosas que habitam o nosso interior!
Selecionei seis Arquétipos entre as principais Deusas gregas, que são as que estão mais ativas na vida das mulheres da nossa era.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

1. MULHER-ATENA


Como Deusa da sabedoria, Atena era conhecida por suas estratégias vitoriosas e soluções práticas, como arquétipo Atena é seguida pelas mulheres de mente lógica, governadas mais pela razão do que pelo coração.


Esta mulher regida pela sabedoria da civilização demonstra que pensar bem, manter a calma no ponto mais culminante de uma situação emocional e desenvolver boas táticas no meio do conflito são as melhores soluções.
A mulher que assim age está sendo como Atena e não agindo como um homem, seu aspecto masculino ou animus não está agindo por ela.

Esta mulher busca a realização profissional, sendo bem sucedida na educação, na cultura intelectual, na justiça social e política.

É bem fácil identificá-la, pois a mulher-Atena está no mundo, ela faz as coisas acontecerem: editorando revistas, dirigindo departamentos de Universidades, dirigindo empresas, são personalidades políticas e grandes executivas.


Ela está sempre em evidência,pois é prática e extrovertida e atuante.


Entretanto, a maioria dos homens têm medo dela, pois acham que não estão a altura de seu intelecto e da sua coragem.


É difícil um homem conquistar o seu respeito, mas quando o conquista a mulher-Atena é a mais leal das companheiras, uma verdadeira amiga de todas as horas.


Os gregos a chamavam de "Companheira dos Heróis" pois só homens realmente valorosos conquistavam o seu apoio e a sua proteção.

Suas preocupações são o mundo, tendem a ser sensíveis às relações humanas e somente elas são capazes de ajudar a tornar os grupos coesos.



O arquétipo desta deusa se manifesta com maior intensidade em meninas pequenas. Seu forte ego as tornam briguentas e combativas, sempre buscando destacar-se através da lógica e da razão.


Preferirá sempre brincar com meninos, aceitando suas brigas e brincadeiras violentas, armando táticas e estratégias para vencer.


Assim como sua irmã Artemis ela se orgulha dos seus modos de rapaz.


Porém, sendo mais competitiva, argumentará: "Tudo o que você consegue fazer, eu consigo fazer melhor".
A independência da mulher-Atena em relação aos homens é também, uma virtude que ela partilha com Artemis.



Na realidade, ambas são consideradas deusas virgens, ou seja uma em si mesmas, sem a nessecidade do complemento masculino, o que no mundo grego significava que não eram casadas.


Elas são tão bem resolvidas, não necessitando de um homem como parceiro ou consorte.


O motivo de Hera precisar de um companheiro ou de Afrodite tolerar um amante imaturo tendem a ser um mistério para Atena.
Entretanto, apesar de sua força, seu brilho e independência, a donzela vestida de armadura, tem a vulnerabilidade de uma menina, pois Atena é uma filha do Patriarcado e muitas vezes renega a sua sensibilidade feminina em favor de valores da sociedade Patriarcal.



Até mesmo as mais bem-sucedidas e carismáticas mulheres-Atena revelarão um dia, o quanto se sentem inseguras e ansiosas a despeito de tudo que realizam externamente devido a essa recusa em assumir a sua sensibilidade feminina.


Eis aqui o paradoxo que nos leva ao cerne da chaga de Atena: quanto mais ela encobre a donzela vulnerável, mais impetuosa se torna sua armadura protetora.


Sua ferida, irá afugentar com selvageria todos aqueles que poderiam ajudá-la, pois ela jamais desarma suas defesas.
Jamais deixará exposta a essência nua e infinitamente sensível de sua feminilidade.


Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger

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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

2. MULHER-ARTEMIS


Ártemis conhecida pelos romanos como Diana, era a Deusa da caça e da Lua, como Deusa da Lua ela é conhecida com portadora da luz, como deusa da caça, das crias e dos animais não domesticados.
Enquanto deusa da caça e da lua Ártemis era a personificação do espirito feminino independente.

O arquétipo que ela representa possibilita a uma mulher procurar seus próprios objetivos num terreno de sua própria escolha.
Como deusa virgem Ártemis era imune a apaixonar-se, não foi raptada nem violentada como Perséfone e Deméter e nunca foi metade de um par marido e mulher.

Como arquétipo da deusa virgem, Ártemis representa um sentido de integridade, uma em si mesma, ou seja, uma atitude "sei cuidar de mim mesma" que permite a mulher agir por conta própria.

A mulher Ártemis é prática, atlética, aventureira. Aprecia a cultura física, a solidão, a vida ao ar livre e os animais.

Dedica-se à proteção do meio ambiente, aos estilos de vida alternativos e às comunidades de mulheres.
Artemis não se destaca muito no mundo moderno. A cidade não é "sua praia". Quando ela é encontrada no meio urbano, ela é tímida, reservada.


Curtir festas e multidão não é algo que lhe interessa. A energia vigorosa que captamos em Artemis entretanto, não é mental, provém do seu corpo ágil e atlético, que adora envolver-se fisicamente nos projeto que desenvolve.
A mulher Ártemis tem a tendência a permanecer firme a respeito de suas causas e princípios.

A mulher-Artemis, mesmo depois de idosa, manterá o corpo ativo, cheio de energia e muito bem conservado.
Igual a sua irmã Atena é apta a viver perfeitamente bem sem os homens.


Ambas representam o tipo de mulher que já nasce com fortes qualidades "masculinas".

Atena teria a " cabeça fria" e Artemis o corpo rijo e perfeito. A maioria dos homens não conseguem acompanhar o estilo ativo e atlético de Artemis.

A energia arquétipa desta deusa aflora com maior força na adolescência. Ela começa a se identificar com as atividades, atitudes e maneiras de vestir dos meninos.
Dada a sua natureza de amante da liberdade, fica difícil saber quem ela é. Internamente ela se sente perplexa com a transformação de seu corpo e tenderá a escondê-lo com camisas soltas.


A vaidade exagerada de suas irmãs Afrodite e Hera só lhe inspira desprezo.
A chaga de Artemis envolve a solidão a que é relegada.


Seu amor à liberdade a tornam difícil de ser aceita como mãe, esposa ou profissional, estilos que pertencem a Deméter, a Hera e Atena.

Na verdade ela tem repúdio por valores e formas adotadas pela sociedade convencional.

A mulher-Artemis tende a escolher ser totalmente reclusa e muito solitária, por não conseguir adaptar-se a sociedade patriarcal que valoriza os esteriótipos femininos cujos os valores são aparência ditada pela moda.


Referência: Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

3. MULHER-AFRODITE


Desde que a Deusa Afrodite emergiu nua das espumas das ondas do mar em toda a sua glória, curvulínea com seu cabelo dourado,na célebre concha de Vieira como foi representada por Sandro Botticelli, artistas a pintaram e a esculpiram, poetas reverenciaram sua beleza e músicos a cantaram em melodias.

A deusa Afrodite sempre ocupou um lugar de destaque no Olimpo.

Para mérito eterno dos gregos, eles jamais se dispuseram a lançar fora suas divindades femininas em favor de um único Deus Pai como fizeram os primeiros judeus e cristãos.

E assim, Afrodite pode permanecer, junto com outras deusas, continuando a ser muito amada, embora ocupando uma posição um tanto ambígua as margens da sociedade urbana grega.
A mulher Afrodite é reconhecida pela a sua atratividade e não apenas pela a sua aparência.
O arquétipo de Afrodite cria um carisma pessoal, um magnetismo ou eletricidade que combinado com atributos físicos tornam esta mulher muito atraente e sexy.

Em nossa época, Afrodite dá toda a impressão de ter trocado o Olimpo por Hollywood.
Grandes beldades das telas do cinema como Maryln Monroe, Sharon Stone, parecem ter encarnado a nossa amada deusa.
Entretanto, não para aí, pois seu culto é universal!

Diariamente, seriados,novelas da TV, romances vendidos em bancas de revistas e escândalos políticos, revivem histórias imemoriais de paixão, ciúmes, inveja e traição.
Nunca uma deusa foi tão íntima e pública como Afrodite!

Ela é antes de tudo uma presença sensual, como um sol vibrante, que brilha, queima e despedaça corações.

É fácil identificá-la, adora roupas caras, jóias, perfumes e adornos de todo o tipo.

Hoje ela domina o mundo da moda, cosméticos, e o glamouroso universo do cinema da televisão e das revistas.

Graças ao seu talento em manobrar sentimentos e os projetos criativos do homem, a mulher-Afrodite consegue manifestar o que Jung chamou de "anima"do homem, ou seja, "a mulher que ele deseja, não necessariamente a que ele necessita ou com a qual pretenda se casar ou constituir familia" .
Quando apaixonada ela aumentará tremendamente a confiança de seu amado, pois acima de tudo, Afrodite quer que seus relacionamentos amorosos tenham coração.
A mulher-Afrodite não dá a mínima para as exigências sociais de um "bom casamento", que é o desejo de Hera.

Considera o amor maternal de Deméter muito unilateral e o "casamento de mentes verdadeiras" de Atena excessivamente mental.

Mas a lição mais dura para a mulher-Afrodite é a que no mundo de hoje, ela será sempre "a outra" para a maioria dos homens.

Isto faz parte do antigo triângulo arquetípico característico do universo masculino (patriarcal), no qual poderá estar envolvida diversas vezes ao longo da vida.
A liberdade sexual de Afrodite não pode ser tolerada por nenhuma esposa, pois ameaça a própria estrutura da sociedade patriarcal.

A instituição do concubinato ou da prostituição é na realidade um resquício mutilado das grandes sociedades matrilineares da antiguidade que adoravam a Grande-Mãe e que foram deturpados através dos séculos pela sociedade patriarcal.
Para a maioria das pessoas, é mais seguro deixar que Afrodite viva exclusivamente na imaginação dos livros, filmes, TV e mexericos, do que permitir que a Deusa do amor e da sensualidade aflore e faça parte da vida das mulheres comuns, pois após tantos anos de negação e mutilação da mulher pela sociedade patriarcal, esta energia acumulada e desequilibrada causaria muitos danos até equilibrar-se novamente.

Mas negar a natureza sempre causa desequilíbrios, e seria bem melhor atenuar os efeitos desastrosos incorporando Afrodite de maneira suave na vida das mulheres juntamente com as outras deusas.

Grande parte das chagas da mulher-Afrodite decorrem do fato de ela estar alienada das outras deusas.


Ela seria beneficiada com a capacidade de raciocínio de Atena, também, se conseguisse superar sua aversão ao casamento segundo os padrões de Hera, e pedir a ela que a ajudasse a obter respeito social e um lugar mais confortável no mundo moderno.

Gostaria de concluir este texto dizendo que Afrodite está recuperando a dignidade e poder de outrora.

Mas, infelizmente isso não acontece. Viver plenamente como mulher-Afrodite é tarefa difícil e dolorosa, sob muitos aspectos na sociedade regida por padrões patriarcais.

É bem mais confortante viver confiante e protegida e racionalmente como Atena obedecendo aos valores patriarcais, ser esposa aceita pela sociedade como Hera, ser reclusa como Artemis ou tornar-se mãe de muitos filhos como Deméter, do que viver intensamente uma paixão, "Apesar de ser isso que toda mulher na realidade deseja".

"O PESO DA SOCIEDADE PATRIARCAL SEMPRE RECAI SOBRE A MULHER- AFRODITE QUE ARRISCA TUDO POR UMA PAIXÃO".

Esta é realmente a chaga de Afrodite a não aceitação pela sociedade.


Referência: Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

4. MULHER-HERA

Imponente e real, a bela Hera, a quem os romanos conheciam como Juno, era a Deusa do matrimônio. Pensa-se que seu nome signifique "Grande Senhora".

Era a esposa de Zeus (Júpiter), o deus supremo dos olímpicos por quem era sempre traída.
Os conflitos com Zeus refletem o poder que ela outrora deteve com uma grande deusa cuja a veneração precedeu Zeus.

Com o advento da sociedade patriarcal Hera deixou de ser cultuada com uma grande mãe, e passou a ser cultuada como esposa de Zeus, e a ser considerada co-governante do Olimpo, onde oficialmente partilhava o poder com o chefe dos deuses.

Na mitologia grega Hera tinha dois aspectos contrastantes: era solenemente reverenciada e venerada em rituais como poderosa deusa do casamento ( conceito matriarcal, resquício da cultura matrilinear), e foi difamada por Homero com víbora vingativa, brigenta e ciumenta( conceito patriarcal que procurou ridicularizar e mutilar as divindades femininas, em favor do engrandecimento das divindades masculinas).

Como Deusa do casamento, Hera foi reverenciada e injuriada, honrada e humilhada.Ela mais do que qualquer outra deusa , tem atributos marcadamente positivos e negativos, o mesmo é verdadeiro para o arquétipo de Hera, uma força intensamente poderosa para a alegria ou a dor na personalidade de uma mulher.

A mulher-Hera exala confiança em si mesma, tem perfeito domínio sobre si própria e também sobre os outros.A consciência de Hera é sempre percebida nas mulheres mais velhas.

A mulher-Hera é aquela que nasceu para mandar, podendo se tornar impiedosa como dirigente de uma organização ou até mesmo de uma nação, caso se veja desafiada, menosprezada, ou traída

Em nosso mundo, ela costuma personificar a esposa de "um grande homem".
Hera é um oponente formidável, seja na família ou na esfera política.

Uma vontade de ferro, valores inalienáveis e idéias fixas caracterizam a mulher-Hera madura.

Uma versão desta mulher foi percebida em Margareth Thatcher, a mulher implacável, onde os membros do governo britânico mostravam-se profundamente chocados com os modos arrogantes e ditatoriais da primeira-ministra.

Com ou sem poder, a Hera Moderna é matriarcal, a abelha-rainha de sua família. Defende valores conservadores, como também tenderá a assumir o papel de juíza dos novos gostos e costumes.


Ela adora todos os encontros familiares, onde se vê adorada e rodeada por filhos e netos.

O amor deles geralmente é secundário, muito mais importante é que eles a respeitem e reverenciem.
Independentemente das suas origens sociais, a mulher-Hera quase sempre aspirará à proeminência em qualquer grupo a que pertencer.


A jovem Hera é muito parecida com a jovem Atena.
Ambas são brilhantes e cheias de energias e exalam auto-confiança.
Mas as ambições de uma e outra são diferentes. A jovem Atena estará ocupada com as opções de pós-graduações e treinamento profissional.

A jovem Hera, mantêm os olhos bem abertos na busca daqueles homens, que ao seu ver têm maior chance de sucesso na vida, e descobrirá alguma maneira de sair e casar com o mais bem sucedido deles. O amor para a jovem Hera só é possível se vier acompanhado de segurança financeira e de uma posição social estável e de destaque

Em resumo, a jovem Hera busca um marido e a jovem Atena busca uma carreira.

A mulher-Hera dá todas as indicações de aceitar a maternidade com calma e sem hesitação, mas de maneira alguma será a mãe branda, tolerante e permissiva como Deméter.


Sempre preocupada com o "status" e a respeitabilidade social, a mãe Hera é disciplinadora e exigirá que seus filhos sejam tão bem sucedidos quanto o pai.
Quando se diz "atrás de um grande homem, existe uma grande mulher..", é a mais pura verdade e, esta mulher é uma mulher-Hera.


Considerada a "sombra" do marido, quando não consegue realizar seus desejos e fantasias, ela poderá intimidá-lo e até mesmo tiranizá-lo.

E, se finalmente conseguir o que quer, quase sempre permanecerá sedenta de mais poder e ascenção social.
A dinâmica de Hera consiste em ela querer estar onde as coisas acontecem e a origem da maioria de seus protestos está em excluí-la de qualquer ação.


Bem no fundo, ela quer viver e agir como um homem num mundo de homens.

A mulher Hera não atribui muito valor as amizades, geralmente não tem uma melhor amiga. Prefere estar com seu marido e programar coisas com ele. Se tem amizade íntima e duradoura com outras mulheres outras deusas são reponsáveis.


Referência: Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

5. MULHER-PERSÉFONE


A Deusa Perséfone, que os romanos chamavam de Prosérpina ou Coré é melhor conhecida através do "Hino de Demeter", de Homero, que descreve seu rapto por Hades.

Foi adorada de dois modos, como a jovem ou Coré, ou como Perséfone a rainha do inferno.
Como Coré é associada a juventude e a fertilidade, como Perséfone é uma deusa experiente associada aos mortos e ao mundo avernal, guia os vivos que visitam o mundo das trevas, e pede para si o que deseja.

Embora não fosse uma dos doze deuses olímpicos, foi figura central dos Mistérios de Elêusis.

Ao contrário de Hera e Demeter, que representam padrões arquetípicos ligados a fortes sentimentos instintivos, Perséfone prpporciona a estrutura da personalidade, ela predispõe a mulher a não agir, mas a ser complacente na ação e passiva na atitude.
É provável que a mulher-Perséfone não impressione no primeiro encontro, mas ela também não tem a pretensão de se afirmar intensamente.

Não possui a solidez de propósito de Artemis, nem conta com o terreno firme onde pisa a Hera.

Mas há uma peculiaridade na mulher-Perséfone, uma qualidade que lhe é inata, a sua vulnerabilidade espiritual.

Em sua fragilidade, percebe-se o anseio por afeição e intimidade profunda.

Esta mulher é envolta por uma aura de mistérios. O seu mundo é paranormal, mas ela se sente atraída pelos ensinamentos da metafísica mais do que pelas ciências naturais convencionais.

Tão poderosa é a autoridade do materialismo científico de nossa sociedade que esta mulher é considerada excêntrica ou alienígena para muitos.
Para os gregos, Perséfone era a Rainha distante do Mundo Avernal, que vigiava a alma dos mortos.


Ma ela era conhecida também como a virgem donzela Coré, que foi seqüestrada de sua mãe, Deméter pelo Deus Hades.

Sua descida ao mundo avernal ao ser raptada por Hades é uma das histórias mais conhecidas de toda a mitologia grega.

Mas o que é avernal?

Na linguagem da psicologia moderna, seria chamado de inconsciente.

De modo que Perséfone é aquela que foi sorvida não apenas pelo inconsciente, pelo desconhecido, por tudo o que é reprimido e sombrio (Freud), mais ainda mais profundamente pelo inconsciente coletivo, o mundo das potestades e poderes arquetípicos (Jung).

Uma mulher pode vivenciar isto de diversas maneiras: uma tragédia na infância, a perda de uma pessoa da família ou de um grande amor.

Compreender o significado da descida de Perséfone é particularmente urgente nos dias de hoje.

Muitas mulheres e homens, estão descobrindo seus talentos mediúnicos e sua aplicação na leitura dos tarôs, nas curas espirituais, meditações, etc.

Mas passar a maior parte da vida "entre espíritos" pode exercer uma enorme pressão psíquica, especialmente quando suas habilidades sejam erroneamente interpretadas ou temidas.


Mais do que com qualquer outra deusa, a mulher-Perséfone pode sofrer uma profunda alienação, que pode levá-la a um colapso. Ela pode não ser suficientemente consciente de si mesma para ser capaz de retratar um quadro de como sua vida é subjetiva.
a mulher- Perséfone deve tornar-se autoconsciente e analisar a si mesma e a seus motivos em vez de simplesmente existir.
Para isso é importante que busque as suas deusas irmãs para ajudar a equilibrá-la.

De Deméter, talvez precise do senso do corpo e da terra, da materialidade para fazê-la colocar os pés no chão.

De Atena, uma certa racionalidade e objetividade acerca de seu potencial, de Ártemis a independência e a liberdade. e assim por diante.

Nós bruxas, sensitivas, terapeutas estamos classificadas na mulher-Perséfone.
Quando a Igreja perseguiu nossas irmãs bruxas e todas as pessoas que se dedicavam a ser guias espirituais, ela também suprimiu a antiga sabedoria da Deusa Perséfone.

O que se perdeu foi o segredo da Perséfone madura, a sabedoria daquela que conhece os mecanismos da vida e da morte, as energias que determinam as estações, a sexualidade e o nascimento, daquela que compreende o hiato entre os dois mundos.

A Perséfone madura ressurge de algum modo do mundo espiritual, ainda que permaneça em contato com ele.


Ela torna-se a feiticeira, a terapeuta, uma mulher sábia, alegre e bem humorada, que acha engraçada e divertida toda a loucura humana.

E, mesmo quando anciã, ainda preserva toda sua juventude e, como uma jovem iniciada, traz consigo a jubilosa sabedoria dos anos.


Referência:Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

6. MULHER - DEMÉTER



Deméter, deusa do cereal, presidia abundantes colheitas, os romanos a conheciam como Ceres, era venerada como mãe do cereal e mãe da jovem Perséfone nos Mistérios de Eleusis a quem estava ligada no mito e no culto.

Deméter é o arquétipo materno, representa o instinto maternal desenpenhado na gravidez ou através da nutrição física, psicológica ou espiritual dos outros.

Esse poderoso arquétipo pode ditar o rumo que tomará a vida de uma mulher, pode ter um impacto nos outros, e pode predispo-la à depressão, caso a sua necessidade de alimentar seja rejeitada ou frustrada.

Não é difícil achar Deméter, pois ela sempre estará rodeada de crianças, de pessoas carentes e indefesas.

É aquela faz e distribui o pão, que passa a noite acordada cuidando do filho doente, que cozinha, que lava e passa e que ainda tem reservas inesgotáveis de energia. Deméter é mais que uma mãe biológica, pois não é ter filhos que a faz mãe, é sua atitude, sua maneira instintiva de cuidar de tudo que é pueril, pequeno, carente e sem defesa.

Deméter é pura dedicação e doação, sentimentos que conhecemos como "carinho de mãe".
É importante dizer que há algo de singular no carinho materno de Deméter.


Isso não quer dizer que as outras deusas não possam ser mães, mas para Deméter ser mãe é tudo.

Afrodite é uma mãe sensual que adora vestir os filhos e "curtir" um cinema, leva-los a festas e Shoppings; Artemis tem uma meiguice selvagem e trata seus filhos como filhotes de fera, adora jogos e esportes.

Atena mal pode esperar que eles falem para conversar e estimular sua educação. Perséfone também é profundamente envolvida com os filhos, mas de maneira mais psíquica e intuitiva.

A mãe Hera é tão cheia de regras, censuras exigências e expectativas que resta pouca ternura para criar seus filhos.

Somente Deméter se identifica plenamente com a maternidade, quase à exclusão dos outros interesses.
Ela é tão envolvida com o fato de ser mãe que não arranja tempo para comprar um vestido novo, ir ao cabeleireiro e outras atividades que toda a mulher gosta de fazer para si mesma, sua prioridade é cuidar dos filhos em detrimento de si mesma.


Deméter se sente totalmente realizada fazendo o que faz, sendo mãe, nutrindo, acalentando.
O instinto para acalentar que existe em Deméter pode ser facilmente identificado em meninas brincando com bonecas.


Quando jovem, Deméter é tão identificada com a mãe, que haverá uma relação quase simbiótica entre ambas.
Mas por mais belo que pareça este quadro de Deméter se realizando como mãe, ele está muito longe de ser uma realidade para a maioria das mães modernas.


As pressões físicas e econômicas da mera subsistência tendem a exigir que as mulheres grávidas trabalhem até o dia do parto, e retornem ao trabalho pouco tempo após o mesmo, ficam licenciadas por um determinado tempo e são obrigadas a retornarem ao trabalho, sem a menor possibilidade de dar a devida atenção aos seus bebês , impedindo-as de curtirem a maternidade. .

Individualmente, as mulheres que representam o modo de ser de Deméter não têm como expressar e como competir com as mulheres-Atenas bem instruídas que detêm influência social e política.

Ela não é intelectual, via de regra, e não gosta de se expressar em público. Os planos que são concebidos para devolver as mães à força de trabalho e torná-las independentes dos homens são concepções de Atena e deixam a mulher-Deméter perplexa e frustrada.


Referência:Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

AS DEUSAS ESQUECIDAS ESTÃO VOLTANDO !


CONCLUSÕES
Quando se tiver uma visão mais clara de quais deusas são dominantes em nós mulheres e quais influenciam a vida dos homens, poderenos então dedicar nossa atenção às deusas que se mostram mais frágeis e esquecidas dentro de nós.
Dialogar com elas através de um diário pessoal, pode ser o primeiro passo de aproximação destas Deusas esquecidas e sufocadas dentro de nós, tentar equilibrar os árquetipos dentro de nós pode tornar o convívio com as Deusas mais saudável.

Mas entenda, que é fácil mais desenvolver uma das deusas e viver de acordo com seus ditames, do que tentar equilibrar vários arquétipos, afinal são muitos anos de divisão interior em que a Deusa, antes inteira, completa em si mesma, foi dividida, sufocada e relegada a um segundo plano pela sociedade patriarcal da qual fazemos parte.
Um resgate das qualidades de cada uma das Deusas se faz necessário para que a mulher atual se torne um ser humano verdadeiramente consciente do seu valor e da sua integridade.

No mundo atual uma mulher não pode se tornar apenas uma matriarca de uma família (Hera), sem jamais trabalhar (negligenciando Atena), sem jamais dedicar-se à sua sexualidade (ignorando Afrodite) ou o seu mundo interior (Perséfone),ou a sua liberdade (Ártemis).

Igualmente o homem não pode continuar se esquivando das mulheres intelectuais (Atena), evitando as maternais (Deméter) ou as mulheres fortes (Hera) e buscando somente parceiras sexuais que o excitem(Afrodite): pois estará na realidade preso numa ligação neurótica com Afrodite que no final só trará insatisfção.
Todas as deusas têm histórias para contar, contribuições a fazer e sabedoria para compartilhar.

Se Afrodite faz loucuras por amor, e Hera teme que o casamento se rompa. Se Deméter sonha ter filhos, e Perséfone acalenta sua interioridade e espiritualidade.
Atena busca a ascensão profissional e conhecimento, assim como Artemis sonha com uma vida mais natural e livre longe da loucura das cidades.
Entretanto, cada uma dessas deusas têm algo que as outras desconhecem mas necessitam para se tornarem mais uma vez completas.

Á medida que as diversas deusas ganham vida dentro de nós, veremos que diversos aspectos são ativados, e a nossa personalidade se torna mais completa e integra, e vários distúrbios psicológicos são resolvidos.
Então será motivo de júbilo para todas as mulheres dizerem que :

AS DEUSAS ESQUECIDAS ESTÃO VOLTANDO !


Referência: Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger

ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

MUSAS DEUSAS DA ARTE E DA INSPIRAÇÃO



As Deusas gregas da arte e da inspiração ainda têm relevância para nós hoje, pois nos vincula com importantes arquétipos que ainda podem ser vivenciados por pessoas criativas que procuram no íntimo de sua própria alma a fonte de inspiração.

As Musas foram o resultado da união entre Zeus e Mnemósine (Memória). Eles fizeram amor por nove noites.
Um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo do Monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário.

O coro das Musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local de danças especiais.
Elas também freqüentavam o Monte Hélicon, onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração poética a quem bebesse de suas águas.
Ao lado dessas fontes, as Musas faziam gracioso movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia de suas vozes cristalinas.




Os nomes e atributos das nove irmãs são:


1. Clio (a que confere fama) era a Musa da História, sendo símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra e ainda, um antigo relógio de água. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado "Tucídide".
Aos seus atributos acrescentam-se ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o Tempo que se vê ao seu lado, para mostrar que a História alcança todos os lugares e todas as épocas.

2. Euterpe (a que dá júbilo) era a Musa da Poesia Lírica e tinha por símbolo a flauta, que era de sua invenção.
Ela é uma jovem, que aparece coroada de flores, tocando o instrumento de sua invenção.
Ao seu lado estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. Por estes atributos, os gregos quiseram exprimir o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.

3. Tália (a festiva) era a Musa da Comédia que vestia uma máscara cômica e portava ramos de hera.
É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão.
Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.

4. Melpômene (a cantora) era a Musa da Tragédia; usava máscara trágica e folhas de videira.
Empunhava a maça de Hércules e era oposto de Tália.
O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada com coturnos. Às vezes dão-lhe como séquito o Terror e a Piedade.

5. Terpsícore (a que adora dançar) era a Musa da Poesia Lírica e da Dança.
Também regia o canto coral e portava a cítara ou lira.
Apresenta-se coroada de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos. Alguns autores fazem-na mãe das Sereias.

6. Érato (a que desperta o desejo) era a Musa do verso erótico ou da Poesia Amorosa. É uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas.
Com a mão direita segura uma lira e com a esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno Eros ( Deus do Amor ) que beija-lhe os pés.

7. Polímnia ( a dos muitos hinos) era a Musa dos Hinos Sagrados e da Narração de Histórias.
Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca.

8. Urânia (a celeste) era a Musa da Astrologia, tendo por símbolos um globo celeste e um compasso.
Representam-na com um vestido azul-celeste, coroada de estrelas e com ambas as mãos segurando um globo que ela parece medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada num tripé e muitos instrumentos de matemática.
Urânia era a entidade a que os astrônomos e astrólogos pediam inspiração.

9. Calíope (a da bela voz), a primeira entre as irmãs, era a Musa da Poesia Épica e da Eloqüência.
Seus símbolos eram a tabuleta e o buril.
É representada sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro, emblema que, segundo Hesíodo, indica sua supremacia entre as outras Musas.
Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico.
Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo.
E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.

As Musas eram representadas como jovens de rosto sorridente, grave e pensativo, de acordo com sua função.
Não somente as Musas eram consideradas como Deusas, mas prodigalizaram-se-lhes todas as honras da divindade.
Em seu louvor, faziam-se sacrifícios em muitas cidades da Grécia e da Macedônia.

Geralmente o templo das Musas era também o das Graças, visto que os cultos eram comuns e raramente separados.
Nas festividades eram sempre invocadas e saudadas com uma taça em punho. Entretanto, ninguém as honrou mais do que os poetas, que jamais deixaram de invocá-las, no começo de seus poemas.



Entre as montanhas o monte Parnaso, o Hélicon, o Pindo, o Piero eram a suas moradias costumeiras.
O cavalo alado Pégasus, que só aos poetas empresta o dorso e as asas, ia pastar habitualmente nessas montanhas e nos seus arredores.

Entre as fontes e os rios, o Hipocrênio, a Castália e o Permesso eram-lhes consagrados.
E, entre as árvores, a palmeira e o loureiro.
Quando elas passeavam juntas, o Deus Apolo, coroado de louros e com uma lira na mão, abria marcha e conduzia o cortejo.

Apelidavam-nas em Roma de Camenes, expressão que significa "agradáveis cantoras". O seu sobrenome Piérides origina-se de Piero, monte da Macedônia, que elas freqüentavam.

Alguns poetas, porém, dão a essa palavra outra explicação. Piero, rei da Macedônia, dizem eles, tinha nove filhas, todas exímias na Poesia e na Música.

Orgulhosas do seu talento, elas ousaram ir desafiar as Musas no próprio Parnaso.
A luta foi aceita e as ninfas da região, designadas para árbitros, pronunciaram-se em favor das Musas.
Indignadas por esta decisão, as Piérides se arrebataram e despojadas de senso esportivo, quiseram mesmo bater em suas rivais.
Mas Apolo interveio e as metamorfoseou em pegas.
Em conseqüência dessa vitória, as Musas tomaram o nome de Piérides.

Em uma época anterior, foram adotadas em forma tríplice. No Monte Hélicon eram conhecidas originalmente como Mélete (praticar), Mneméia (lembrar) e Aiodê (cantar).

As Musas trabalham para nos inspirarem. Vivem constantemente sob as imagens fugidias e os pensamentos sempre inconstantes que formam o tecido da nossa consciência.
Se estivermos atentos, se nos prepararmos e tivermos uma atitude interior positiva, as Musas se manifestarão e porão constantemente diante de nós idéias e imagens inspiradoras que podemos encadear e manejar criativamente por intermédio da nossa mente consciente.
Se cultivarmos uma boa relação com nossas Musas interiores, poucas vezes nos faltará inspiração.
Essa fonte nascente interior da intuição e da inspiração pode nos impor com tamanha força o seu fundo criativo de idéias e imagens que os artistas e pessoas criativas em geral muitas vezes se vêem levados de roldão pela sua correnteza.
Trazer as Musas para nossa vida cotidiana é comemorar a nossa própria divindade. Um dos maiores problemas que nos impedem de alcançar uma liberdade verdadeiramente criativa é a necessidade de tentarmos a perfeição.
A maioria das vezes, gastamos tempo demasiado tentando transformar um trabalho já bastante aceitável e nos esquecemos que a perfeição é um ato impossível.
Coube então, as Musas, a missão de livrar nós mortais desta insatisfação perante o mundo. São elas que nos levam a uma liberação criativa inspirada.

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Referência: Reino das Deusas - Rosane Volpatto

ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

sábado, 3 de outubro de 2009

O QUE É O ESTUDO DA PSIQUE FEMININA POR MEIO DAS DEUSAS


O tema do retorno da GRANDE DEUSA e de seu consorte é encontrado repetidamente nos sonhos e fantasias inconscientes daqueles que buscam ajuda psicológica para superar o entorpecimento de sua vida.

A arte, o cinema, a literatura e as agitações políticas também refletem cada vez mais essa mesma dinâmica.

As mudanças que ela exige implicariam um novo entendimento da masculinidade e da feminilidade - no homem, na mulher e nas relções entre os sexos - bem como novas concepções da realidade.

(Edward C. Whitmont, Return of the Goddess)


Em todo o mundo, porém de modo mais proeminente nos países ocidentalizados, estamos testemunhando um redespertar do feminino, uma sublevação profunda no âmago da consciência das mulheres.

Muitos homens temem e contestam isso; outros sentem-se desafiados e estimulados.

Observadores radicais chamaram metaforicamente de um "Retorno da Deusa", porque ele parece sugerir a própria antítese da sociedade patriarcal.

Lenta mas irrevogavelmente, essa efervescência interna nas mulheres - e as reações que provocam nos homens - começa a afetar todos os aspectos de nossa vida e de nossas idéias.

Todos os nossos pressupostos sobre nós mesmos, nossos valores, nossa política, nossos relacionamentos sexuais, nosso lugar no universo, estão sendo contestados por esse despertar.

Diante disso, começam a surgir em nossa sociedade maneiras radicalmente novas de entender o feminino.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Madona Negra


Quem é a Madona Negra ? Qual a sua primeira face ?

È a Mãe Terra, o Princípio Feminino, nossa Mãe Primordial, símbolo de Sabedoria e Integração dos Opostos.

Como perpetuação das poderosas Deusas da antigüidade, ela volta com as características sagradas de Maria.

Metaforicamente Virgem, mas não no sentido do Patriarcado, porque não pertence a nenhum homem e sim a todos os homens.

Doadora de vida, dela provém os homens como frutos da Terra e a Ela todos retornam, à Deusa Mãe - Mãe Terra.


As mais antigas manifestações do culto à Mãe Terra datam da pré-história.

Uma delas é uma pequena estatueta na qual era representada com seu filho divino, ambos com cabeça de cobra.

Sua ligação com os animais torna-se evidente: ora em baixo-relevo, cravados na rocha, ora em outras pequenas estatuas, Ela aparece cercada de leões, pássaros, serpentes, leopardos, touros, peixes - eis outras das suas faces!


Era a Senhora dos Animais que chega até nós nas viagens xamânicas, o Universo da Pré-história, no qual o ser humano sonhava o grande Sonho, grandes dimensões expressavam o poder da gestação - o Ovo Cósmico, círculos concêntricos, mulheres avantajadas com protuberantes seios, nádegas e barriga, traziam este poder.

Nádegas para parir, barriga para gerar e os seios para nutrir.


É a Mãe Creatrix, outra de Suas mil faces.Mais próxima dos tempos conhecidos, a Mãe Terra revela outras diferentes faces.

Na Suméria, aparece como a muito popular Inanna, de dupla personalidade: de manhã é uma valorosa "Senhora das Batalhas", Deusa dos Heróis; à noite torna-se a Deusa da fertilidade, dos prazeres e do amor.

As "prostitutas Sagradas" são suas Sacerdotisas, e todas as mulheres da Suméria tinham como obrigação para com a Deusa Inanna se oferecerem sexualmente no templo para os estrangeiros pelo menos uma vez na vida.


Os opostos que se encontram, se harmonizam, e que é o grande poder da Madona Negra, aqui se revelam !

O Sagrado e o profano.Na Babilônia, Ela é Isthar.

Entre os hebreus, é Astarte. Na Frigia, Ela é Cibele (a Diana dos 9 fogos), indicativo de fertilidade.


No Egito, Ela é Isis e ainda aparece na face de Nerth a mais velha e sábia das Deusas. Ela é o céu noturno que se arqueia sobre a Terra, formando com suas mãos e pés as portas da Vida e da Morte.

Da Grécia, nós temos acesso ao mais rico acervo sobre a Mãe Terra.

Da cultura Cretense, Mar Egeu, chega até nós suas sacerdotisas vestidas de peles com os seios à mostra e com serpentes e conchas ao seu redor.

Ela, a Mãe Terra, é a Mãe Animal que, como cabra, porca ou vaca, alimenta o pequenino Zeus.


No centro deste poderosíssimo culto à fertilidade, vamos encontrar o touro, o duplo machado, o Minotauro e o Labirinto.

A Deusa de Creta - Deméter - é a Senhora do Mundo Inferior, das profundezas da Terra e da Morte.

Seu ventre terreno é o ventre também da fertilidade de onde a vida emana. Harmonizar estes Opostos é a principal Força da Madona Negra, ela que é o Negro da Luz.


Como doadora de vida, Ela é o útero eterno que, na tradição Yorubá, é a representação da totalidade, o conteúdo e o continente criados.

Arquétipo vivo, Ela é o Orixá Oxum, é a representação deste poder da Madona Negra no Candomblé.

Senhora de todas as águas, que é o sangue da Terra, é representada também como um peixe mítico ou pássaro.


Salve OXUM !Como Mãe Terra, a Madona Negra era cultuada no mundo pagão com as faces das Deusas do Olimpo, mas, com o início da Era Cristã, este culto passou a ser clandestino.

Seus ecos que chegam até nós são os mistérios de Eleusis, no qual se cultuavam Deméter e Perséfone.
As 3 grandes Deusas do leste: Ísis, Cibele e Diana de Éfesos, que eram representadas como negras, se estabeleceram no Ocidente antes da dominação romana.

Em Paris, já em 679, Dagoberto II estabelecia o culto àquela "[...] que hoje recebe o nome de Nossa Senhora da Luz", que é a nossa "Isis Eterna".

Talvez este seja o marco da transformação da Mãe Terra pagã para a Virgem cristã.


As Cruzadas, porém, foram as grandes divulgadoras da Madona Negra.

Estatuetas negras encontradas em fontes, grutas, galhos de árvores, das quais emanava um profundo sentimento do Sagrado, eram trazidas por eles que as cristianizavam, colocando o manto e a coroa de Nossa Senhora.


Elas traziam uma força incontrolável de liberdade e seu culto era possuidor de um espírito de sabedoria própria, que não se submetia a nenhuma organização ou lei nacionalista.

É a volta da divindade feminina que levanta o entusiasmo popular, trazendo-a a um primeiro plano da consciência coletiva.


A Humanidade experiencia as mais recentes faces da Madona Negra e Branca, com as aparições marianas da Virgem de Lourdes e La Salete no século XIX, e Fátima no século XX.

Paralelamente, um fenômeno sociológico assombrou o mundo - a revolução sexual feminina, que emancipou as mulheres por meio da igualdade de direitos e deveres.


A Madona Negra está a favor, politicamente, do povo e de sua dignidade. Sua face mais importante hoje é a da justiça social.

Ela é a consoladora dos Aflitos e dos Excluídos e aparece misteriosamente onde há sofrimento e opressão.


Em todo o mundo, encontram-se as faces da Madona Negra com essas características. Mas, para nós, a sua mais importante face é a de Padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida!


Descoberta em 1717 no rio Paraíba em São Paulo. É uma pequena e esplendorosa figurinha negra que se apóia numa lua crescente.

Conta a lenda que essa pequenina estátua tornou-se extremamente pesada, impedindo que o pescador a levasse daquele lugar, onde foi feita inicialmente uma pequena guarita para ela.


Nesse lugar hoje existe uma cidade-santuário, que acolhe peregrinos de todo o Brasil e do exterior. Milagrosa, poderosa, misericordiosa, ela traz conforto e alento para todos.

É a patrona dos ricos e pobres, das prostitutas, homossexuais, travestis, motoqueiros, carroceiros e seus cavalos, desempregados, artistas, e até dos políticos!
fonte: pazgeia
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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e NumerologiaE-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

A Virgem Negra



Centenas de ícones de Maria, a mãe de Jesus de Nazaré, possuem as mãos e os rostos negros.

Na França, elas são chamadas de "Vierge Noires" e em outros lugares da Europa de "Maddonas Negras".

Alguns chamam sua imagem de "a outra Maria"; Carl Jung dizia que eram representações de ísis e sua iconografia remonta ao culto pré-histórico da Mãe Terra.


Ela possui analogia com as Deusas Cybele, Diana e Vênus e associações culturais com Kali, Innana e Lilith.

Historicamente ela foi introduzida pelos cruzados voltando da Palestina, os conquistadores espanhóis a levaram ao Novo Mundo e seguindo antigas tradições esotéricas, os Templários a chamavam de "Maria Madalena".


Como a negra Sara-la-Kali, ela é reverenciada pelos ciganos em todo o mundo, possuindo sua data e lugar sagrado: 24 de maio, Saintes-Maries de la Mer, na região francesa de Camargue.

Para os psicólogos modernos, ela expressa o Feminino Sombrio.


Mas independente do que ela possa aparecer, ou do que possam dizer dela, seu culto continua poderoso e exerce uma estranha fascinação em milhões de devotos em todo o planeta.

Seus lugares sagrados são centros de energia telúrica, enlaçados com as "Linhas Ley" e a arquitetura sagrada.


Desde os tempos remotos até hoje, multidões peregrinam a seus Santuários, mergulhando em seus mistérios e entregando-se a seus miraculosos trabalhos de cura, transformação interior e inspiração.


A França possui mais de 300 lugares com Virgens Negras e existem mais de 150 deles no mundo.

O Brasil, com orgulho, exibe a sua Madonna: Nossa Senhora da Aparecida, retirada das águas por pobres pescadores.

Sua imagem, reprodução da morena Virgem de Guadalupe do México, que é a manifestação da nativa Tonantzin, atrai milhares de devotos, católicos ou não.


Nos meios hermetistas e pagãos (incluindo a Wicca), ela é a imagem da Sábia e Cthônica Anciã (Crone).


Um Antigo Ritual para a Virgem Negra

(Bulgária, século XIII. Fonte: Fraternitas Bogomiliana)

Em uma noite sem Lua (Lua Nova), vista-se com cores negras e cubra a cabeça com um lenço também negro.

Prepare um pequeno altar com oferendas de vegetais de casca escura (por exemplo - beterraba, ameixa, beringela, azeitonas pretas, etc...), incenso de aroma forte (benjoim, âmbar ou defumadores de ervas) e uma Vela Verde.


Arrume o altar voltado para o Norte, acenda o incenso e a Vela.

Deite-se no chão, com o rosto voltado para a terra, coloque os braços abertos ao lado do corpo e diga:


PURIFIQUE-ME SENHORA! PURIFIQUE-ME INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE.

PURIFIQUE MEU CORPO, ALMA E ESPÍRITO!

FAÇA AS SEMENTES DE LUZ CRESCEREM DENTRO DE MIM

E TRANSFORME-ME EM TOCHA FLAMEJANTE DE TEU AMOR.

PARA QUE EU, TOMADA POR MINHAS PRÓPRIAS CHAMAS, TRANSFORME TUDO EM MIM E AO MEU REDOR EM LUZ!


Imagine a Virgem Negra entronizada no centro da Terra, Senhora do Mundo Subterrâneo e Mãe da Natureza.

Sinta o seu poder e sua majestade incomparável.

Levante-se e faça a oração mais uma vez.

Pegue a Vela Verde e caminhe, no sentido dos ponteiros do relógio, nove vezes.

Pare voltado para o Norte e faça a oração novamente.

Agradeça a Virgem Negra e peça a sua proteção.
Deixe o incenso e a Vela consumirem-se totalmente.

Use as oferendas vegetais para o consumo próprio, como uma dádiva da Mãe Terra.

O Ritual pode ser realizado fora ou dentro de casa.

A Vela Verde (escura) é tradicionalmente usada em ritos para a Virgem Negra desde a Idade Média.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e NumerologiaE-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

sábado, 5 de setembro de 2009

A DEUSA HERA- Arquétipo da esposa fiel



Hera para os gregos, Juno para os romanos, a Rainha do Olimpo, governava junto ao seu marido Zeus. Ela era filha de Cronos e Réia, a Grande Mãe deusa titã e foi criada na Arcádia. Teve como ama as Horas, ou as Três Estações.
Seu nome significa "Grande Senhora", a forma feminina da palavra grega herói. Os seus símbolos eram a vaca, a via láctea, o lírio e a iridescente pena da cauda do pavão, que continha olhos, simbolizando a cautela de Hera.

O pouco que se sabe sobre ela provém de "Ilíada" de Homero, onde ganha fama de esposa ciumenta. É que em culturas patriarcais antigas, os homens tinham por regra, satirizar toda e qualquer mulher que alcança-se algum poder.

Se Hera foi uma mulher disposta à contendas conjugais,é porque ela estava realmente coberta de motivos.

Zeus era um libertino, promíscuo e infiel. A maioria de seus filhos foram concebidos fora dos limites de seu casamento oficial. E mesmo assim Hera sempre lhe foi fiel.

Hera em geral reagia a cada nova humilhação com uma ação,mas a raiva e a vingança não eram suas únicas respostas.

Em outros momentos, ela se retirava em perigrinações aos limites da terra e do mar, nestes períodos ela se envolvia na mais absoluta escuridão, separando-se de Zeus e dos outros olímpicos, os mitos falam que quando ela se recusava a voltar, Zeus provocava o seu ciúme para faze-la retornar, Zeus jamais se separou de Hera.

Embora a mitologia grega enfatize a humilhação e a índole vingativa de Hera, em sua veneração, por contraste ela era grandemente honrada.

Em seus rituais Hera tinha três epítetos e três santuários correspondentes, onde era venerada durante o ano. Na Primavera, ela era Hera Parthenos( a jovem Hera, ou a Virgem); no verão e no outono era celebrada como Hera Teléia ( Hera a Perfeita, a realizadora), e tornava-se Hera Chera ( Hera a viúva) no inverno.

Esses três aspectos de Hera representam os três estados da vida de uma mulher. Como deusa do casamento, Hera foi reverenciada, injuriada, honrada e humilhada; ela mais do que qualquer outra deusa tem atributos marcadamente positivos e negativos. O mesmo é verdadeiro para o arquétipo de Hera , uma força intensamente poderosa para a alegria ou para a dor na personalidade de uma mulher.

O único deus que nasceu da união legítima de Zeus e Hera foi Ares, o deus da guerra. Vemos aqui o arquétipo de uma sociedade contemporânea, configurada em uma família patriarcal. Zeus é o pai, o chefe, o "cabeça do casal". Muito embora existam conflitos persistentes, a supremacia de Zeus é evidente.

Zeus, pai dos deuses e dos homens era um nórdico. Ele e sua paternidade vieram de tribos do norte (que adoravam Wotan ou Odin ), cujo o sistema social era patrilinear ( sociedade patriarcal = sistema comandado exclusivamente pelos homens).

Já Hera, representa um sistema matrilinear (sociedade comandada por mulheres). Ela era a Rainha de Argos, em Samos e possuía no Olímpo um templo distinto de Zeus e anterior a este.

Seu primeiro consorte foi Heracles. Quando os nórdicos conquistadores chegaram ao Olímpo,e massacraram a população, concederam às mulheres a lúgubre escolha entre a morte ou a submissão à nova ordem.

Hera reflete, portanto, uma princesa nativa que foi coagida, mas não subjulgada por este povo guerreiro. Assim, sabe-se agora o motivo de que o único filho de Zeus e Hera tenha sido Ares, o deus da guerra. Realmente Zeus e Hera viviam em "pé de guerra"dentro do Olimpo.

Hera foi extremamente humilhada com as aventuras de Zeus. Ele desonrou o que ela considerava de mais sagrado: o casamento. Favoreceu seus filhos bastardos em detrimento de seu filho legítimo e pisoteou seu lado feminino quando ele mesmo deu à luz a sua filha Atena, demonstrando que não precisava Hera nem para conceber.

Nos dias atuais, embora a mulher através de árduas penas tenha conquistado seu espaço, os casamentos não se modificaram tanto assim.


Permanecemos em uma sociedade patriarcal e o casamento ainda é considerado como uma instituição de procriação.

As mulheres continuam a sofrer violências domésticas e profissionais e a busca do tão almejado casamento por amor com satisfação sexual plena é castrado pelas concepções obsoletas cristãs. Mas, muito embora todas estas limitações e deficiências do casamento, a mulher sente-se profundamente atraída por ele.


Romanticamente quase todas as mulheres sonham em compartilhar sua vida e a tarefa de criar seus filhos com um homem, em uma bem estabelecida unidade chamada "família".
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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

Bibliografia consultada
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger
O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky
A Grande Mãe - Eric Neumann
As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Tríplice - Adam Mclean

O CULTO DE HERA É ANTERIOR A ZEUS



Estudos mais apurados revelam que Hera já era cultuada muito antes do aparecimento de Zeus. Em Olímpia, seu templo é bem anterior ao do seu marido. Ali foram encontrados selos minóicos onde Zeus aparece de pé, como um guerreiro de barba longa (característica nórdica), junto à Deusa sentada no trono, o que sugere que o Deus é o eleito da Deusa e não o contrário.

Seu nome, que significa "Senhora", e as imagens de serpentes, leões e aves aquáticas que a acompanham lhe outorgam uma linhagem muito antiga.

Gimbutas sugere que, igual à Atena, com a qual aparece em muitas lendas, Hera poderia remontar-se à Deusa serpente do período Neolítico que governava sobre as águas celestiais.

Em "Ilíada" é chamada "Rainha do céu" e "Hera do trono dourado". Também é chamada "Deusa dos brancos braços", uma imagem romântica dos raios de Lua que se estendem pelo céu noturno.

Por outro lado, o epíteto que Homero dá a Hera, "boopis", que significa "De olhos de vaca", sugere que ela também seja uma Deusa da Terra, cuja imagem sempre foi da vaca desde as épocas mais antigas: a Ninhursag suméria e a Hator egípcia, por exemplo, para não mencionar as consortes anônimas de uma longa série de touros fertilizadores cujas aspas tinham forma da lua crescente.

Atrás do caráter demoníaco de alguns de seus filhos, pode-se confirmar a mesma história. Em algumas lendas Hera é mãe do dragão Tifão e da monstruosa Hidra, a quem deu à luz de maneira autônoma, como toda Deusa da Terra vista da ótica dos Deuses Celestes.

Em certa ocasião, desgostosa com seu marido por haver engendrado a Atena por sua conta, Hera golpeou a terra e convocou a Gea e a Urano.

Gea, a fonte da vida, estremeceu com o golpe e Hera soube que seu desejo havia sido concedido e, um ano mais tarde, nasceu Tifão.

O dragão de Hera foi enviado à Delfos para cuidar de Delfine. Mais tarde, o filho luminoso de Zeus, Apolo, o mata.

Deusa de Argos e também de Samos, Hera se apropriou dos templos micênicos e seu culto se estendeu por toda a Grécia. As espigas de trigo eram chamadas de "flores de Hera" e eram colocadas sobre seu altar quando se sacrificava o gado em seu louvor.
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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Bibliografia consultada:
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger
O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky
A Grande Mãe - Eric Neumann
As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Tríplice - Adam Mclean
Reino das Deusas - Rosane Volpatto

O MATRIMÔNIO SAGRADO DE HERA E ZEUS


Em muitos lugares da Grécia se celebrava o matrimônio sagrado entre Hera e Zeus, representando-se de novo o antigo ritual do casamento entre o céu e a terra, que bendizia e regenerava a vida.

Na descrição de sua reconciliação na "Ilíada", podem se encontrar recordações do ritual misterioso do matrimônio sagrado.

A imagem desse casal que se reconciliava tantas vezes representava: o reflorescimento de toda a terra.

Quando Zeus toma Hera em seus braços, os oculta uma nuvem dourada muito espessa como para que o Sol a penetre:

"Digo que o filho de Crono estreitou a esposa em seus braços.
Abaixo deles a divina terra fazia crescer branda erva,
lótus cheio de orvalho, açafrão e jacinto
espesso e fofo, que ascendia e protegia o solo.
Nesse tapete se esticavam, cobertos com uma nuvem
bela, áurea, que destilava nítidas gotas de orvalho.
Assim dormia sereno o pai e no mais alto do Gárgaro,
entregue ao sonho e ao amor, com sua esposa nos braços".

Era como se esse acontecimento divino, que antigamente unia os princípios complementares do universo, se secularizasse na Grécia patriarcal para servir, antes de tudo, como modelo para o reto ordenamento da sociedade mediante o cumprimento devido à cerimônia do matrimônio.

As mulheres gregas, estavam excluídas da democracia, igual aos escravos elas careciam de direito ao voto e raramente desfrutavam do mesmo direito à educação que seus irmãos e maridos.

"Tu eres quem passa a noite nos braços do supremo Zeus", se converteu na expressão emblemática da autoridade de Hera, uma fonte ambivalente de satisfação para alguém acostumada a ser Deusa por direito próprio, como implicam os relatos de sua fúria ante a liberdade de Zeus.

Se essa fúria for retirada do contexto marital e devolvida ao momento histórico, momento em que os que contraíam matrimônio representavam modos de via em universos diferentes e inclusive opostos entre si, o sentido da injustiça de Hera se revela claramente como negativa a submeter-se ao estabelecido por Zeus relação com a fusão das duas culturas (gregas e nórdicas).

Enquanto Hera, as vezes, compartilha o altar com Zeus, a recordação de sua antiga independência sempre estava presente: ele não devia duvidar que a Deusa era sua irmã maior, e que inclusive o salvou, quando era criança de seu pai Crono, posto que em alguns relatos foi ela mesma que o levou à Creta.

Todas essas histórias, lidas simbolicamente, contribuem para aumentar o sentimento de protesto mitológico ante a perspectiva de submeter-se ao julgo do matrimônio com um companheiro desigual.

O que nos leva a concluir que Hera havia contraído um matrimônio à força e nunca se tornou realmente uma esposa.
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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com
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A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger
O Oráculo da Deusa - Amy Sophia Marashinsky
A Grande Mãe - Eric Neumann
As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Tríplice - Adam Mclean
Reino das Deusas - Rosane Volpatto