terça-feira, 30 de novembro de 2010

Deusas


Deusas

Eu sou a Mãe

Eu sou a Mãe de todos os seres vivos, a culminação da criação.

Eu gero e nutro a vida em mim e tudo o que gerei e pari é bom, muito bom.

Eu me recuso carregar a vergonha do homem no meu corpo.

Eu me recuso perpetuar a fraqueza da mulher na minha vida.

Honre tudo o que foi diminuído, receba tudo o que lhe foi negado.

Pois no início de tudo existia somente a Mãe.

No primeiro dia criei a luz e a escuridão e elas dançaram juntas.

No segundo dia criei a Terra e a água e elas se tocaram entre si.

No terceiro dia criei as plantas e elas enraizaram e suspiraram.

No quarto dia criei as criaturas da terra, do mar e do ar e elas caminharam, nadaram e voaram.

No quinto dia minha criação aprendeu o equilíbrio e a colaboração.

No sexto dia celebrei a fertilidade de todos os seres,No sétimo dia deixei espaço para o desconhecido.

No início de tudo existia somente a Mãe, a mãe criadora e nutridora de todos nós.

Honre tudo o que foi diminuído, receba tudo o que lhe foi negado.

E afirme: Eu sou mulher, eu sou boa, eu sou feliz!

Patricia Lynn Reilly - A God who looks like me

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Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

OXUM DEUSA DOS RIOS, FONTES E REGATOS



Identificada com Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora do Carmo. No Rio de Janeiro sua identificação é com Nossa Senhora da Conceição e sua data festiva 8 de dezembro. Também é identificada com Santa Catarina.

Os rios, em quase todas as mitologias, são a morada de deuses ou a própria divindade. O rio é um caminho mágico.

Na Europa, os deuses fluviais mais comuns aparecem com a forma de touro, porco, cavalo ou serpente. Para os africanos Iorubás, as deusas dos seus rios são lindas mulheres como a Deusa Oiá (Niger) e a Deusa Oxun.

A dança de Oxun é mímica da mulher faceira, que se embeleza e se atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes. Diante do espelho, sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora.
Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a Deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.

Conta-se que Oxun era soberana de um grande reino, cujas riquezas atraíram a cobiça dos Ioni, seus vizinhos. Os Ioni invadiram o país, multiplicaram os saques, tomaram a capital e apoderaram-se da fortuna da rainha.
Para não ser aprisionada, Oxun fugiu numa jangada nas trevas da noite e pediu a proteção do alto. Depois, por inspiração divina, ela ordenou aos seus súditos que preparassem abarás e deixassem na praia. Os invasores chegaram e, como estivessem famintos, apanharam logo os abarás e comeram.
Dentro não havia veneno e sim a força divina. Todos ciaram mortos. Oxun, assim, logo retomou a posse de sua fortuna e de seu reino. Daí por diante, devido à vitória, ganhou a nome de Oxun-Ioni, uma das dezesseis Oxuns.

DEUSA DA ADIVINHAÇÃO E DA FECUNDIDADE

Muitas Oxuns são guerreiras; outras, ligadas à magia. Das iyabás, isto é, os orixás femininos, só OXUN tem o direito de penetrar no reino de Ifá, o senhor da adivinhação: ela pode jogar o edilogun, os dezesseis búzios divinatórios de Exu.

Oxun, orixá das águas, é uma deusa da fecundidade e, portanto, da criação.
As mulheres a ela recorrem, quando desejam ter filhos. Oxun ajuda nos partos, como a Deusa Artemis. Orixá da fecundidade, revive as deusas lunares de várias mitologias, que simbolizam a terra-mãe.

É comum dizer-se que Yemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum quem concebe e é a criadora.

Nada mais lógico do que esse atributo, pois, sendo o orixá da água doce, sem Oxun não existiriam os vegetais.Tudo morreria. Pois são os cursos d'água que irrigam e fertilizam a terra, renovando e perpetuando a vida. O Alcorão, em algumas suras, descreve o paraíso como um lugar por onde corre um rio, em cujas margens vicejam os jardins e os pomares.

OXUN NA UMBANDA

Oxun lidera a legião das Sereias, a primeira das sete legiões da linha de Iemanjá.
Identificada com Nossa Senhora da Conceição, sua festa é em 8 de dezembro, a mesma data em que é festejada Iemanjá na Bahia.

Os presentes para Oxun, semelhantes aos oferecidos a Iemanjá, costumam ser deixados junto das fontes e regatos, constando de champanhe, vinho branco ou moscatel, flores com fitas brancas e azuis, pó-de-arroz branco, pente branco pequeno, espelho branco, perfumes...
Nos pontos cantados ela é chamada "mamãe Oxun", uma reminiscência da sua condição de Deusa da fertilidade, como todas as iyabás das águas.
Suas cores predominantes são o branco e o azul.
Por vezes é confundida com a Uiara dos índios e caboclos, uma forma fluvial da sereia européia.

LENDAS

1 - Houve um tempo em que os orixás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e não deixavam as deusas participarem das decisões. Aborrecida com isso, Oxum fez com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra.
Os orixás foram consultar Olorum e ele explicou que sem a presença de Oxum com seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orixás, então, convidaram Oxum para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser fecundas e todos os projetos dos orixás tiveram bom resultado.

2 - Quando Xangô se apaixonou por Oxum, ela o recusou; então ele tentou violentá-la. Foi impedido por Exu, que os separou, dizendo que eles só poderiam se unir se ela o aceitasse livremente.
Zangado, Xangô trancou Oxum numa torre muito alta, dizendo que só a soltaria quando ela o aceitasse. Oxum chorou muito; então Exu passou e perguntou o que acontecera. Sabendo da história, foi correndo levar seu pedido de socorro a Olorum. Este soprou em Oxum um pó que a transformou em pomba; assim, ela pôde voar e sair da torre pela janela.

ARQUÉTIPO

Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos e tinha uma grande paixão pelas jóias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos iorubás.

O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza, voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.
Oxum é a Deusa dos lagos, rios e cachoeiras. Assim como ela suas filhas são amorosas, românticas e muito apegadas à família e ao lar. E como detestam brigas, fazem de tudo para viver na mais perfeita harmonia. Oxum também pode ser invocada para todos os assuntos que estejam relacionados à maternidade. A protetora das águas doces está fortemente relacionada à sensualidade, pois é considerada a deusa da beleza, bastante vaidosa, adora ficar se cuidando, se adimirando no espelho.

Mesmo que às vezes tenha que usar da falsidade ou da esperteza, este Orixá não mede esforços para conseguir o que deseja. No Brasil, sua imagem esta relacionada ao ouro, o metal mais precioso que temos. Por ser também considerada a deusa das artes, do dinheiro e da riqueza, Oxum está associada ao luxo e requinte.

Muito sentimentais, seus filhos emocionam por qualquer motivo. Na vida profissional, procuram sempre estabilidade financeira para ter tudo o que a vida pode oferecer de bom. Nas relações pessoais prezam demais a verdade e a lealdade que colocam acima de qualquer coisa na vida.

No plano mental, o orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos.
Ainda no plano mental, esse Orixá imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.
Oxum traz o privilégio da fecundidade da abundância e até da riqueza, seja no plano físico, nos sentimentos, seja no plano mental das idéias originais e proveitosas a todos.

A nível negativo são preguiçosas, negligentes, omissas, desalinhadas e não muito cuidadosas com a própria aparência. Chegam mesmo à falta de higiene com o corpo e com o lugar onde habitam. Choram por nada.

Reclamam de coisas de que não cuidaram no devido tempo. Emotividade exagerada, piegas, sensualismo degradante, fanatismo, obsessão e intolerância.


ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Email: arcanjo.azul@hotmail.com

YEMANJÁ

"Yemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta."
Jorge Amado


É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos. Em Cuba, é conhecida por Yemayá e também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.

Odoyá Mãe Yemanjá, Senhora da calunga grande, rainha do mar. Sincretizada com Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes, é a grande Mãe de toda vida na Terra. As cerimônias em sua homenagem são comumente feitas à beira-mar, as oferendas podem ser feitas na areia ou colocadas em um barquinho que é solto após passar (pular) por 7 ondas. Suas cores são o azul claro e branco, sua bebida é a sidra, espumante e champanhe.

A mais tradicional Festa de Yemanjá acontece em Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Yemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Na verdade suas festividades e homenagens começam logo após o Natal e se estendem por todo mês de janeiro do ano seguinte em todo Brasil. Na praia de Copacabana as comemorações de Yemanjá marcam a passagem de ano e podem ser vistas também por toda orla marítima do Rio de Janeiro.



Arquétipo: (Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio")

"As filhas (e filhos) de Yemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto".

No arquétipo psicológico, segundo o livro 'Os Orixás', publicado pela Editora Três, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Yemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.

Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo. Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.

São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.



Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam, o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

Qualidades :: Candomblé:
Yemowô - que na África é mulher de Oxalá,
Iyamassê - é a mãe de Sàngó,
Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
Yemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,
Yemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,
Yemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.





Lenda de Yemanjá segundo o Candomblé

Yemanjá era a filha de Olokum, a deusa do mar. Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos, estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás. Um deles foi chamado de Oxumaré, o Arco-Íris, “aguele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se imensos.

Cansada da sua estadia em Ifé, Yemanjá fugiu na direção do “entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá. Ao norte de Abeokutá, vivia Okerê, rei de Xaki. Yemanjá continuava muito bonita. Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe: “Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios.”

Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou para casa bêbado e titubeante. Ele não sabia mais o que fazia. Ele não sabia mais o que dizia. Tropeçando em Yemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável. Okerê, vexado, gritou: “Você, com seus seios compridos e balançantes! Você, com seus seios grandes e trêmulos!” Yemanjá, ofendida, fugiu em disparada.

Certa vez, antes do seu primeiro casamento, Yemanjá recebera de sua mãe, Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: “Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.”

Em sua fuga, Yemanjá tropeçou e caiu, a garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio. As águas tumultuadas deste rio levaram Yemanjá em direção ao oceano, residência de sua mãe Olokum.

Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher.
Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada, ainda hoje, Okerê, e colocou-se no seu caminho, Yemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para a direita, Yemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para a esquerda. Yemanjá vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos. Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder, Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos, um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame, e um prato de “gbeguiri”, feito com feijão e cebola e declarou que, no dia seguinte, Yemanjá encontraria por onde passar.

Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva, começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia, começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia e quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio. Ouviu-se então: "Kakara rá rá rá" … Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere. Ela abriu-se em duas e, "suichchchch" … Yemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum, aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra.


Seus filhos chamam-na e saúdam-na:
“Odo Iyá, a Mãe do rio, ela não volta mais.
Yemanjá, a rainha das águas, que usa roupas cobertas de pérola.”
Ela tem filhos no mundo inteiro.
Yemanjá está em todo lugar onde o mar vem bater-se com suas ondas espumantes.
Seus filhos fazem oferendas para acalmá-la e agradá-la.
Odô Iyá, Yemanjá, Ataramagbá
Ajejê lodô! Ajejê nilê!
“Mãe das águas, Yemanjá, que estendeu-se ao longe na amplidão.
Paz nas águas! Paz na casa!”

YEMANJÁ = Santa Maria, Nossa Senhora
DIA DA SEMANA: Sábado
DATA: 2 de fevereiro
METAL: prata e prateados
COR: Azul, Prata transparente, Verde água e branco
COMIDA: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya e vários tipos de furá
SÍBOLOS: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras
AMALÁ: 7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, fitas azuis e rosas brancas ou outro tipo de flor branca. Local de entrega, na praia.
ERVAS (Banho de descarrego): Pata de Vaca – Folhas de Lágrima de N.Senhora – Erva Quaresma – Trevo e chapéu de couro - Rosas brancas.

Bibliografia: Livro: Lendas Africanas dos Orixás; autor: Pierre Fatumbi Verger

ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

AS ALMAS GEMEAS - A LENDA DOS ANDROGINOS


Na mitologia

Segundo o livro "O Banquete", de Platão, Andrógino é uma criatura mítica proto-humana. No livro, o comediógrafo Aristófanes descreve como haveriam surgido os diferentes sexos.
Havia antes três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros uma entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos era uma entidade feminina com as mesmas características, tendo também oito membros e duas cabeças , e Androgynos composto por uma metade masculina e outra metade feminina.

Eles não estavam agradando os deuses, que resolveram separa-los em dois, para que se tornassem menos poderosos.
Pois os Deuses nutriam muito ciúmes destes seres tão completos em si mesmos, os Deuses temiam que tal completitude os tornassem tão poderosos que viessem a ameaçar o domínio dos Deuses.
Seccionado Andros, originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um pelo o outro.
O mesmo ocorreu com Gynos uma entidade feminina que ao ser seccionada continuou atraída por sua outra metade, e Androgynos que ao ser seccionado deu origem ao homem e a mulher também atraídos um pelo outro .
Todos eternamente incompletos e condenados a vagarem eternamente em busca da sua outra parte, a sua alma gêmea, para atingirem ou alcançarem o estado de completitude original.
Dando origem assim a lenda das almas gêmeas.

Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais. Segundo Aristófanes, seriam então dividos aos terços os heterossexuais e homossexuais.

Androginia refere-se a dois conceitos: a mistura de características femininas e masculinas em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem masculino nem feminino.
Pessoa que se sente com uma combinação de características culturais quer masculinas (andro) quer femininas (gyne). Isto quer dizer que uma pessoa andrógina identifica-se e define-se como tendo níveis variáveis de sentimentos e traços comportamentais que são quer masculinos quer femininos.

Conceito de androginia humana

O andrógino é aquele(a) que tem características físicas e, em aditivo, as comportamentais de ambos os sexos. Assim sendo, torna-se difícil definir a que gênero pertence uma pessoa andrógina apenas por sua aparência.

Andróginos que prezam por sua androginia normente utilizam de adereços femininos, no caso de homens, ou masculinos, no caso de mulheres, para ressaltar a dualidade.

Dado isso, tende-se a pressupor que os andróginos sejam invariavelmente homossexuais ou bissexuais, o que não é verdade, uma vez que a androginia ou é um caráter do comportamento e da aparência individual de uma pessoa ou mesmo sua condição sexual psicológica, nada tendo a ver com a orientação sexual (ou identificação sexual), ou seja a atração erótica por determinado parceiro.
Desse modo, pessoas andróginas podem se identificar como homossexuais, heterossexuais, bissexuais ou assexuais.

Conceito na psicologia

Na psicologia, androginia é uma disforia de gênero rara que é responsável por uma condição psíquica em que o indivíduo se identifica como não sendo nem homem nem mulher, mas como uma pessoa de sexo mentalmente híbrido, o que se reflete em seu comportamento.

Dentro da psicologia, Sandra Ruth Lipsitz Bem (Pensilvânia, 22 de junho de 1944) desenvolveu um teste no qual considera-se a masculinidade e feminilidade num plano bidimensional.
Nessa modelagem, pessoas com traços significativos para a masculinidade e feminilidade obtidos, por exemplo, através do Inventário de Papéis sexuais de Bem poderiam ser consideradas como andróginas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula que haja em torno de seiscentos mil verdadeiros andróginos no mundo atualmente.
Os Andróginos possuem por natureza aptidão artística e criatividade o que podemos verificar principalmente no meio musical.
Além disso os portadores desse caráter psíquico/comportamental expressam valores de Q.I. elevados e uma percepção mais ampla dos relacionamentos humanos uma vez que analisam seu meio de convívio de vários pontos de vista diferentes.

Estudos revelaram que os portadores de androginia são em sua grande maioria ansiosos e excêntricos. A androginia não é uma doença e consequentemente também não possui uma cura.
O CID (Classificação Internacional de Doenças) não possui classificação específica para tal disforia. Para a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung o andrógino refere -se a uma integração dos pares de opostos anima e animus, respectivamente o feminino e o masculino ambas características ao mesmo ser.


Aline Santos é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotiza, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Deusa Nyx a patrona das feiticeiras e bruxas


A deusa grega Nix era a personificação da noite. Uma das melhores fontes de informação sobre essa deusa provém da teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nix naquele poema que descreve o nascimento dos deuses gregos. A explicação é simples. A Noite desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros seres a vir à existência.

Hesíodo afirma que a Noite era filha do Caos, o que a torna uma das primeiras criaturas a emergir do vazio. Isso significa que Nyx era irmã de algumas das mais antigas divindades da mitologia grega, incluindo Érebo (a Escuridão), Gaia (a mãe Terra), Tártaro (Trevas abismais) e Eros (o amor da criação). Dessas forças primordiais sobreveio o resto das divindades gregas.
Em sua Teogonia, Hesíodo também descreve a residência proibida da Noite:

Lá também está a melancólica casa da Noite;
nuvens pálidas a envolvem na escuridão; Antes delas, Atlas se porta, ereto, e sobre sua cabeça, com seus braços incansáveis, sustenta firmemente o amplo céu, onde a Noite e o Dia cruzam um patamar de bronze e então aproximam-se um do outro

Nyx é a patrona das feiticeiras e bruxas, é a deusa dos segredos e mistérios noturnos, rainha dos astros da noite. Nyx era cultuada por bruxas e feiticeiras, que acreditavam que ela dava fertilidade a terra para brotar ervas encantadas, e também se acreditava que Nyx tinha total controle sobre vida e morte, tanto de homens como de Deuses. Homero se refere a Nyx com o epíteto "A domadora dos Homens e dos Deuses", demonstrando como os outros Deuses respeitavam-na e temiam esta poderosíssima deidade.



Nyx, assim como Hades, possuía um capuz que a tornava invisível a todos, assistindo assim ao universo sem ser notada. Foi Nyx que colocou Hélios entre seus filhos (Hemera, Éter e Hespérides), quando os outros Titãs tentaram assassinar Hélios. Zeus tem um enorme respeito e temível pavor da Deusa da Noite, Nyx. Os filhos de Nyx são a Hierarquia em poder para os Deuses, sua maioria são divindades que habita o mundo subterrâneo e representam forças indomáveis e que nenhum outro Deus poderia conter. Em uma versão, as Erínias seriam filhas de Nyx (Ésquilo).



Nyx aparece ora como uma deusa benéfica que simboliza a beleza da noite (semelhante a Leto) e ora como cruel deidade Tartárea, que profere maldições e castiga com terror noturno (Hécate e Astéria). Nyx é também uma Deusa da Morte, a primeira rainha do mundo das Trevas. Nyx também tinha dons proféticos, e foi ela quem criou a arma que Gaia entregou a Cronos para destronar Urano. Nyx conhecia o segredo da imortalidade dos Deuses podendo tirá-la e transformar um Deus em mortal, como ela fez com Cronos, após este ser destronado por Zeus.

Algumas vezes, a exemplo de Hades, cujo nome evitava-se de pronunciar, dão a Nix nomes gregos de Eufrone e Eulalia, isto é, Mãe do bom conselho. Há quem marque o seu império ao norte do Ponto Euxino, no país dos Cimérios; mas a situação geralmente aceita é na parte da Espanha, a Esméria, na região do poente, perto das colunas de Hércules, limites do mundo conhecido dos antigos.



Filhos

Desposou Érebo, seu irmão, de quem teve o Éter (luz celestial) e Hemera (Dia). Mas sozinha, sem se unir a nenhuma outra divindade, procriara o inevitável e inflexível Moros (o Destino), as Queres (morte em batalha), os gêmeos Tânatos (Morte) e Hipnos (o Sono), Oniro (a legião dos Sonhos), Momos (escárnio), Oizus (miséria), as Hespérides, guardadoras dos pomos de ouro, as desapiedadas Moiras (Deusas do destino), Nêmesis (Deusa da retribuição), Apate (engano,fraude), Filotes (amizade) , Geras (velhice) Éris (Discórdia), Limos (a fome),Ftono (inveja), Ênio (Belona, deusa da carnificina), Lissa (a loucura) e Caronte o barqueiro do mundo dos mortos.

Em resumo, tudo quanto havia de doloroso na vida passava por ser obra de Nix, a maior parte dos outros descendentes de Nyx nada mais são que conceitos e abstrações personificados; sua importância nos mitos é muito variável. Na tradição Órfica, todo universo e demais Deuses primais nasceram do Ovo Cósmico de Nyx. Certos poetas a consideram como mãe de Urano e deGaia; Hesíodo dá-lhe o posto de Mãe dos Deuses, porque sempre se acreditou que a Nyx e Érebo haviam precedido a todas as coisas.

Muito freqüentemente colocam-na no mundo subterrâneo, entre Hipnos e Tânatos, seus filhos.
Hemera e as Hespérides nasceram para ajudar Nyx a não se cansar, assim nasceu o ciclo diário,Hemera trás o dia (relaciona com Eos, a aurora, e Hélios, o Sol) ; as Hespérides trazem a tarde, (relaciona com Selene a lua) e Nyx traz a absoluta Noite, todas estas deidades em conjunto conduzem a dança das Horas; complementando estes ciclos temos outros Deuses de outras linhagens, como as Horas que representam ciclos mensais e anuais; Leto e Hécate que recebem o legado de Nyx como deidade da noite. As Moiras, filhas de Nyx (Cloto, Laquesis eÁtropos), são outra continuidade dos poderes gigantescos de Nyx do negro véu.

Representações

Quase todos os povos da Itália viam Nyx ora com um manto volante recamado de estrelas por cima de sua cabeça e archote derrubado, ora representavam-na como uma mulher nua, com longas asas de morcego e um fanal na mão. Representam-na também coroada de papoulas e envolta num grande manto negro, estrelado.

Na mitologia grega a papoula era relacionada a Hipnos, que a tinha como planta favorita e, por isso, era representado com os frutos desta planta na mão. Frequentemente, ela é representada coroada de papoulas e envolta num grande manto negro e estrelado. Às vezes num carro arrastado por cavalos pretos ou por dois mochos, e a deusa cobre a cabeça com um vasto véu semeado de estrelas e com uma lua minguante na testa ou como brincos.


ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

Deusa Nêmesis



Nêmesis (em grego, Νέμεσις), Deusa grega da segunda geração era, segundo Hesíodo, uma das filhas da Deusa Nix (a noite). Pausânias citou-a como filha dos Titãs Oceano e Tétis. Autores tardios puseram-na como filha de Zeus e de Têmis.

Apesar de Nêmesis nascer na familia da maioria dos deuses trevosos, vivia no monte Olimpo e figurava a vingança divina. Nasceu ao mesmo tempo em que Gaia concebeu Têmis. Gaia, preocupada com a infante Têmis, que poderia vir a ser vítima da loucura de Urano, entregou-a a Nix. Esta, cansada de tanto gerar por esquizogênese, entregou as deusas aos cuidados das moiras, deusas do destino. Assim, Nêmesis e Têmis foram criadas como irmãs e educadas por Cloto, Láquesis e Átropo. Segue daí que as deusas, além de possuírem atributos comuns, tiveram educação em comum.

Em outra versão menos citada, ela é tida como filha de Afrodite e Ares. Têmis tornou-se a personificação da ética e Nêmesis a personificação da vingança. Em Ramnute localizava-se o templo de Nêmesis, onde havia uma estátua das duas deusas juntas, atribuída a Fídias (as mais belas estátuas de Têmis e de Nêmesis). Em Ramnunte, pequena cidade da Ática não muito longe de Maratona, na costa do estreito que separa a Ática da Eubéia, Nêmesis tinha um templo célebre.

A estátua da deusa foi esculpida por Fídias num bloco de mármore de Paros trazido pelos persas e destinado a fazer um trófeu. Os persas tinham-se mostrado demasiado seguros da vitória (sinal de desmesura - Hibrys) e nunca tomaram Atenas, pois Nêmesis tomou partido em favor de Atenas. Nêmesis encorajou o exército ateniense de Maratona.

Nêmesis representa a força encarregada de abater toda a desmesura (Hibrys), como o excesso de felicidade de um mortal, ou o orgulho dos reis, etc. Essa é uma concepção fundamental do espírito helênico: Tudo que se eleva acima da sua condição, tanto no bem quanto no mal, expõe-se a represálias dos Deuses. Tende, com efeito, a subverter a ordem do mundo, a pôr em perigo o equilibrio universal e, por isso, tem de ser castigado, caso se pretenda que o universo se mantenha como é.

Nêmesis castigou o rei Creso da Lídia. Creso, demasiado feliz com suas riquezas e seu poder, é levado por Nêmesis a empreender uma expedição contra Ciro II da Pérsia, o que acabou por lhe trazer a ruína e a desgraça. Narciso, demasiado contente com sua própria beleza, desprezava o amor. As jovens desprezadas por Narciso pediram vingança aos céus. Nêmesis ouviu-as e causou um forte calor. Depois de uma caçada, Narciso debruçou-se sobre uma fonte para se dessedentar. Nela viu seu rosto tão belo, e admirou-se até morrer.

Nêmesis era tão bela como Afrodite, geralmente representada na forma alada. Certa vez Zeus sentiu uma paixão enorme perante a beleza de Nêmesis e resolveu possuí-la de todas as formas. Nêmesis procurou evitar a união com o deus transformando-se numa gansa, mas Zeus metamorfoseou-se em cisne e uniu-se a ela. Nêmesis pôs um ovo, fruto dessa união, e o abandonou.

Alguns pastores o encontraram e entregaram à então Rainha Leda, para esta chocá-lo junto aos dela (fruto da união de Zeus na forma de cisne e de Leda). E do ovo posto por Nêmesis nasceu Helena de Esparta e Polux. Nêmesis é também chamada "a inevitável". Atualmente, o termo Nêmesis é usado para descrever o pior inimigo de uma pessoa, normalmente alguém ou algo que é exatamente o oposto de si mas que é, também, de algum modo muito semelhante a si.

Por exemplo, o Professor Moriarty é frequentemente descrito como a Nêmesis de Sherlock Holmes. É algo como o seu arquiinimigo, algo que o anula, mas nutre-lhe um grande respeito e admiração.



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Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.

terça-feira, 29 de junho de 2010

DEUSA FRIGA




Frigga, ou Friga, é a Deusa-Mãe da dinastia de Aesir na mitologia nórdica. Esposa de Odin e mãe (ou madrasta) de Thor, ela é a deusa da fertilidade, do amor e da união. É também a protetora da família, das mães e das donas de casa, símbolo da doçura.

Na Mitologia nórdica, era conhecida como a mais formosa entre as deusas, a primeira esposa de Odin, rainha do Aesir e deusas do céu. Deusa do clã do Ásynjur, é uma deusa da união, do matrimônio, da fertilidade, do amor, da gerência da casa e das artes domésticas. Suas funções preliminares nas histórias mitológicas dos nórdicos são como a esposa e a mãe, mas estas não são somente suas funções. Tem o poder da profecia embora não diga o que conhece, e seja única, à exceção de Odin, a quem é permitido se sentar em seu elevado trono Hlidskjalf e olhar para fora sobre o universo. Participa também na Caça Selvagem (Asgardreid) junto com seu marido. As crianças de Frigga são Balder, Höðr e, a partir de uma fonte inglesa, Wecta; seus enteados são Hermóðr, Heimdall, Tyr, Vidar, Váli, e Skjoldr. Thor é seu irmão ou um enteado. O companheiro de Frigga é Eir, o médico dos deuses da cura. Os assistentes de Frigg são Hlín (a deusa da proteção), Gná (a deusa dos mensageiros), e Fulla (deusa da fertilidade). Não é claro se os companheiros e os assistentes de Frigga são os aspectos simplesmente diferentes da própria Frigga. De acordo com o poema Lokasenna Frigga é a filha de Fjorgyn (versão masculina da “terra,” cf. versão feminina da “mãe terra,” de Thor), sua mãe não é identificada nas histórias que sobreviveram.

Acreditava-se que era detentora de uma enorme sabedoria, conhecendo o destino dos homens, sem, no entanto, alguma vez o revelar.

É representada como uma mulher alta e majestosa vestida de penas de falcão e gavião, trazendo um molho de chaves no cinturão.

O seu nome tem várias representações (Frige, Frija, Fricka etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Freya.

Atributos


Na Escandinávia, a constelação conhecida como "Constelação de Órion" é denominada "Frigga Distaff" (Fuso de Frigga). Como a constelação está no equador celestial, vários intérpretes sugerem que as estrelas que giram no céu da noite podem ter sido associadas com a roda girando de Frigga. Em diversas passagens ela é representada fiando tecidos ou girando as nuvens.

O nome Frigga pode ser traduzido como "amor" ou "apaixonado" e traz inúmeras variações entre as muitas culturas européias do norte, tanto de local como de tempo. Por exemplo, Frea no Alemão Sulista, Frija ou Friia no Alto Alemão Arcaico, Friggja em Sueco, Frīg (genitivo Frīge) no Inglês Arcaico e Frika que apareceu nas óperas de Wagner. Também é sugerido por alguns autores que o "Frau Holle" da cultura folclórica alemã refere-se a deusa.

O salão de Frigga em Asgard é Fensalir, que significa "salões do pântano". Isto pode significar que as terras alagadiças ou pantanosas eram consideradas especialmente sagradas à deusa, mas tal afirmação não pode ser considerada definitiva. A deusa Saga, que foi descrita bebendo com Odin em copos dourados em seu salão de "assentos submersos" pode ser que represente Frigga com um nome diferente.



Os símbolos normalmente associados com Frigga são:
Chaves
Fuso
Eixo da roca (roda girando)
Visco

A Morte de Balder
"A história mais famosa sobre a Deusa Saga"

"Balder ou Baldur" tinha grande pesadelos indicando que a sua vida corria perigo e quando ele comentou isto com os Aesir eles se reuniram em conselho, e juntos decidiram requerer imunidade de Balder para todo o tipo de perigo, e Frigg recebeu o solene juramento de todas as coisas, de que nada iria atingir Balder.

Quando isso foi confirmado, criou-se um entretenimento colocaram Balder centro de cada reunião e os Aesir, que ali se reuniam atiravam-lhe objetos, pedras e o golpeavam, já que nada acintecia a Balder . Balder, em cada ocasião, saía ileso. Porém quando Loki viu isto, se sentiu atingido. Transformou-se numa mulher, e então dirigiu-se a Fensalir, morada de Frigg. A Deusa, ao ver a esta mulher, perguntou se ela sabia se os Aesir estavam em assembléia. A mulher respondeu que todos atacavam Balder e que este sempre saia ileso. Então Frigg disse: "Armas e madeiras não o matam. Pois todos haviam jurados não o fazer ". Então, perguntou a mulher: "Pegastes juramento de todas as coisas para estas não machucassem Balder?". Frigg contestou: "Exceto um broto que cresce ao oeste de Vahalla. Se chama muérdago, achei-o demasiadamente jovem para exigir que prestasse juramento". Então a mulher desapareceu. Porém Loki procurou o muérdago o arrancou e dirigiu-se a Assembléia. Encontrando lá o Deus Hodur "Hoder ou Hod", o deus cego, que estava parado na borda do círculo de concorrentes.

Loki aproximou-se e perguntou: "Por que não está disparando objetos contra Balder?". Hodur contestou: " Porque não posso ver onde Balder está e além do mais não tenho armas". Contudo disse-lhe Loki: "Se queres seguir os exemplos dos outros eu mostro onde está Balder e arranjo-lhe uma lança". Hodur pegou a lança com muérdago e com a ajuda de Loki colocou-a em direção a Balder.

Esta foi arremessada diretamente para ele e atingiu o seu coração, Balder caiu morto. Os Deuses, profundamente tristes, reuniram-se em torno de Frigg, mãe de Balder.
Frigg falou: "Quem, entre todos os Aesir, irá a Hel para tratar da devolução de Balder, oferecendo-lhe alguma recompensa para que esta o devolva a Asgard?". Hermod o valente, filho de Odin, tomou Sleipnir, o corcel de oito patas de seu pai, e empreendeu esta travessia, muitos Deuses colocaram o corpo de Balder num barco chamado Hringhorni "Ringhorn", o maior barco de todos, para iniciar o funeral do Deus morto.

No funeral estavam Odin, seus corvos Hugin e Munin, as Valkyrias, Frigg, Frey conduzindo seu carro puxado pelo javali Gullinbursti. Heimdall e o corcel Gulltopp, Freya e os gatos.
Também compareceram os Gigantes Gelados e os Gigantes das Montanhas. O barco foi elegantemente decorado com coroas de flores, armas e objetos de cada um dos Deuses.

Depois os Aesir, um a um passaram para dar um último adeus a Balder. Quando chegou a fez de Nanna, mulher de Balder, uma dor muito forte partiu o seu coração e ela caiu morta ao lado de seus esposo. Os Deuses colocaram Nanna junto a Balder, para que ela o acompanhasse até mesmo na morte.

Ato seguido, como símbolo do sonho eterno, rodearam os defuntos Deuses com espinhos. Quando Odin se aproximou para dar o último adeus deixou como oferenda o seu precioso anel Draupnir, sussurrando misteriosas palavras nos ouvidos de Balder.
Então o Gigante Hyrrokin, o único com força suficiente para empurrar o barco, empurrou o barco com um impulso tão forte que os troncos que estavam encostados cederam sobre a pira funerária.

Thor, acertou com o seu martelo Mjolnir para consagrar a pira. Hermod, durante nove dias e noites, cavalgou os vales obscuros e profundos, para chegar onde estava Hel.
Disse então a Hel que desse a Balder a possibilidade de retornar a Asgard junto com ele, dada a grande dor e luto entre os reinantes de Aesir.
Disse-lhe Hel: "Para provar que Balder é um ser amado, todas cada uma das criaturas e objetos, vivos ou mortos, devem proclamar sua dor e pena.
Só assim Balder poderá voltar a Asgard. Porém se uma só criatura ou objeto não o fizer Balder permanecera aqui comigo".

Hermod regressou esperançoso a Asgard, para comunicar a notícia a Frigg. Ao tomar conhecimento a Deusa tratou de obter lágrimas de penas de todas as criaturas e coisas, vivas e mortas porém uma Giganta de nome Thok, que era Loki disfarçado novamente, não correspondeu às suas expectativas e não mostrou pena alguma. A tarefa de devolver Balder a Asgard havia fracassado....

sexta-feira, 25 de junho de 2010

DEUSA FREYA



Freya é a Deusa-Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica, filha de Njörd (Deus do Mar) e de Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), é irmã do Deus Frey, ela é a Deusa do sexo, da sensualidade, da fertilidade, do amor, da beleza, da atração, da luxúria, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro), da música e das flores.
Deusa da magia e da adivinhação, é líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate). Deusa extremamente poderosa, ela é também protetora do matrimônio, e dos recém-nascidos

De personalidade forte e caráter arrebatador, teve vários Deuses como amantes, ela é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de cabelos loiros e olhos claros, de baixa estatura, com sardas e pele muito clara, trazendo consigo um colar mágico, que é seu emblema de Deusa da terra.
Uma de suas lendas diz que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava copiosas lágrimas que se transformavam em ouro ao cair na terra e em âmbar ao cair no mar.

Na tradição germânica, Freya e outros dois vanirs (deuses da fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses da guerra) como símbolo da paz e amizade criada depois de uma guerra, ela foi cedida junto com o pai e o irmão ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses após uma guerra.

Como Deusa da Beleza, Freya, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar.
Quando a Deusa viu o colar pela primeira vez, decidiu que este deveria ser seu, mas os gnomos não queriam vende-lo. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem hesitar, Freya concordou e tornou-se proprietária de Brinsingamen (que significa colar).

Brinsingamen era um tesouro valioso de grande beleza, um símbolo de fertilidade, e um atributo que corresponde a Lua Cheia, capaz de equilibrar Jormungand (que significa serpente lobo).
Jormungand, "a serpente de Midgard", era a serpente que mora na Terra em Midgard, o local entre a morada dos deuses e a terra dos mortos.
O colar mágico que Freya usava foi obra dos artesões gnomos conhecidos como Brisings: Allfrigg, Dvalin, Berling e Grerr.

Freya também era a proprietária de um manto de penas de falcão, quando Freya aparecia envolta em seu manto de penas de falcão, e não usando nada a não ser seu colar mágico de ouro e âmbar, ninguém podia resistir a ela.
O manto de penas permitia que ela voa-se entre os mundos, e o colar mágico da Deusa tinha o dom de fazer desaparecer todos os sentimentos negativos e dolorosos.

Este colar se rompeu uma vez, segundo uma lenda, por ira da Deusa ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.

Como Deusa da guerra, Freya compartilhava os mortos de guerra com Odin, metade dos homens e todas as mulheres mortos no campo de batalha iriam para seu salão Sessrumnir.

Freya também foi considerada como uma grande fiandeira na antiguidade. Algumas lendas afirmam que Freya também tinha uma suposta paixão pelo Deus Loki, o deus do fogo.

Freya é considerada a mais bela das Deusas nórdicas. Ela é representada portando um colar de ouro e âmbar encantado, representando seu atributo de Deusa da Terra; vestindo um manto de penas de cisnes e luvas de pele de gato, representando seu atributo de líder das Valquírias; outras vezes é representada usando um manto de penas de falcão. Seu transporte é uma carruagem puxada por gatos ou javalis, na qual costuma viajar pelos céus .



Freya era a Deusa do amor sexual e da magia, enquanto seu irmão Frey era o Deus da alegria, da paz, e da fertilidade. Juntos eram chamados de "O Senhor e A Senhora", representando o casamento sagrado, ritual encenado pela união do rei a uma sacerdotiza.
Por meio deste rito sexual promovia-se a fertilização da terra e transmitia-se o poder ao Rei:
"O Rei era o representante humano do Deus Frey e a Sacerdotiza a representante da Deusa Freya"

Além de ser uma Deusa do amor e da fertilidade, Freya também era uma Deusa da guerra, pois para os vikings, amor, sexo e guerra, assim como a vida e a morte estavam intimamente ligados, pois o poder da Terra, a sua fertilidade, a sua conquista e a sua posse estavam ligadas a energia feminina da Deusa, que era concedida ao Rei que fosse o vencedor nas batalhas através do rito sexual chamado matrimônio sagrado.

Afinal, Freya como Deusa da fertilidade, era a Deusa que presidia os nascimentos, a fertilidade dos homens e mulheres, dos campos e animais. Como Deusa da guerra, também era líder das Valquírias as Amazonas Celestes que recolhiam os mortos nos campos de batalha, e levavam as almas dos mortos nas batalhas para o seu reino.

Freya transportava os mortos eleitos até Folkvangr (campo de batalha ou campo do povo) , onde eram devidamente hospedados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus amantes e esposos depois da morte.

Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados. Freya é portanto uma Deusa da vida e da morte.

Freya também era uma Volva e empregava o Seidhr com sua capa de penas e seu colar viajando astralmente como um pássaro pelos nove mundos. Estava ligada às Disirs que são as valkirias que retornam da morte para proteger seus familiares.

A magia de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou manto de penas falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para qualquer dos mundos e retornasse com profecias.

Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens astrais como necessárias para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre os nórdicos, esta habilidade presenteada por Freya, era chamada Seidhr.

A Deusa Freya possuia a habilidade mágica de mudar de forma, essa habilidade mágica chamada seidr é uma técnica mágica de natureza xamânica que envolve o transe, a transmutação, a cura, a magia sexual, a advinhação, e a viagem do corpo astral.

A técnica do seidr era praticada pelas sacerdotisas de Freya "as Volvas", estas sacerdotizas apesar de terem muitos amantes, não costumavam se casar, eram livres e não pertenciam a nenhum homem, tal qual as hieródulas gregas e as sacerdotizas de Inana, Ishtar e Asherah .

Como Deusa da magia e da adivinhação, Ela ensinou os segredos das runas ao Deus Odin e foi quem iniciou o Deus nas Artes Mágicas Seidr.

A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia.

A prática do seidr também era realizada por alguns homens que acreditavam na tradição que afirmava que um homem devia se transformar em uma mulher a nível espiritual para servir à Deusa.
Para a evolução dos homens é de extrema importância eles se conectarem com a sua própria energia feminina "a anima"(1) (conectar-se com a energia feminina não tem nada a ver com direcionamento sexual ou opção sexual).

Pois o desenvolvimento de qualidades "ditas" como essêncialmente femininas, tais como sensibilidade e intuição não tornam um homem menos másculo ou menos viril, pois virilidade(2) e masculinidade(3) nada tem haver com direcionamento sexual ou opção sexual.

"Só para esclarecer o direcionamento sexual ou opção sexual não afeta a capacidade sexual, nem a capacidade reprodutiva, assim como à imagem estereotipada não determina sexualidade de alguém."

" Segundo Pierre Proudhon a vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha".


Tal pensamento confirma a importância da mulher em todas as fases da vida e do desenvolvimento do homem, assim como no desenvolvimento da sua personalidade.

Freya é uma Deusa que abrange vários aspectos por isso é considerada uma Deusa Tríplice, sendo uma Deusa de grande beleza, força e poder. A sexualidade e o amor são suas características marcantes e são fortemente regidos por ela.

Por ser uma Deusa da guerra Freya, muitas vezes aparece representada usando armas de guerra pois um de seus aspectos era o de guerreira, e como tal, presidia as batalhas ao lado de Odin.

Porém, apesar de ser uma Deusa da magia, da guerra e da morte, Freya não é uma Deusa atemorizante ou assustadora, ela representa a vida, sua essência é o poder do amor e da sexualidade, que embeleza e enriquece a vida.

Nas línguas anglo-saxãs o dia de sexta-feira "Friday" foi nomeado em sua homenagem, e mesmo com o advento do cristianismo e a proibição Igreja, os casamentos continuaram a acontecer neste dia visando atrair as bênçãos desta poderosa Deusa pré-cristã.

Existem vários mitos sobre a Deusa Freya, um deles lembra a procura de Ísis por Osíris.

Este mito relata que Freya era casada com Odur, (Od ou Odr uma possível variação de Odin) o símbolo do Sol de verão, também considerado um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo acreditava que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele, enquanto Odur estava ao seu lado, Freya estava sorridente e era completamente feliz.

O casal tinha duas filhas Hnoss e Gersemi, essas donzelas eram tão lindas que seus nomes eram dados a todas as coisas bonitas.
Porém, um dia estando entediado, Odur resolveu abandonar seu lar subitamente e se dedicou a viajar pelo mundo, deixando Freya muito infeliz, sem entender o que teria acontecido com ele, sentindo-se profundamente triste ela derrama lágrimas sobre a Terra, estas ao caírem sobre o solo transformam-se em ouro e ao caírem sobre o mar transformam-se em âmbar.

A Deusa resolve então procurar seu marido o Deus Odur, Ela anda por todos os lugares procurando o marido sem conseguir encontra-lo. Resolve então viajar pelos Nove Mundos.

Depois de uma longa busca, Ela finalmente encontra Odur sentado debaixo de uma laranjeira florida, árvore símbolo dos apaixonados, meditando contemplando o silêncio. Quando ele avista Freya seus olhos se iluminam de alegria, após o reencontro, o feliz casal retorna para Asgard, a morada dos Deuses.

Por causa da felicidade de Freya as ervas voltaram a crescer verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza rejubilava-se com a alegria de Freya como também se afligia quando esta se encontrava triste.


Freya assim como outras Deusas também é conhecida por vários nomes como: Freia, Freja, Froya, Freyja, Frija, Frowe, Frea, Fro, Vanadis, Vanabrudr, Mardöll, Hörn, Syr, Gefn ou simplesmente "A Senhora" dependendo do local onde foi cultuada, sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a Deusa Frigga.

Tantos nomes foram utilizados para poder designar a mais gloriosa e brilhante deusa nórdica, e talvez mesmo assim, ainda não se faça justiça a tudo o que ela personificava e significava para os pagãos nórdicos.

Alguns autores no entanto consideravam Freya e Frigga como aspectos de uma mesma Deusa, porém, as diferenças são óbvias. Enquanto Frigga é a padroeira da paz e da vida doméstica protetora da família, Freya é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte.

Chamada de "Afrodite nórdica", Freya era considerada "A Senhora" e seu irmão Frey, "O Senhor", ambos eram invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas. Alguns mitos afirmam que Freya e seu irmão Frey eram filhos da deusa da terra Nerthus e do deus do mar Njord, Freya fazia parte das divindades mais antigas, os Vanir.

Da análise de seu arquétipo, podem ser feitas algumas comparações com deusas de outras culturas e identificadas algumas semelhanças:

*Como Perséfone, Freya também se ausentava da terra por alguns meses, causando a queda das folhas e a chegada do inverno.

*Da mesma forma que Hécate, Freya ensinou as artes mágicas às mulheres e era a padroeira das magas e das profetisas (völvas e seidhkonas).

*Assim como Afrodite, Freya regia o amor e o sexo e teve numerosos amantes (segundo os comentários de Loki, todos os deuses aesir, todos os elfos, quatro gnomos e alguns mortais), sendo considerada adúltera e promíscua pelos historiadores cristãos.

As duas deusas são aficionadas por ouro e jóias. Afrodite tem seu cinto mágico, Freya usa o famoso colar mágico Brisingamen e o nome de suas duas filhas Hnoss e Gersemi, que significam, respectivamente, tesouro e jóia.

*Cibele, em seu mito, era servida por sacerdotes eunucos; os magos nórdicos que usavam as práticas seidhr e eram considerados efeminados pelos guerreiros que os apelidavam de ergi. Enquanto a carruagem de Cibele era puxada por leões, a de Freya era conduzida por gatos (em ambos os casos felinos eram atribuídos as Deusas).

*Como as Deusas celtas Maeve, Morrigan e Macha, Freya era guerreira e sedutora, e como Elas usava a magia ou a astúcia para atingir seus objetivos.

*Como Ísis, Freya também saiu em busca de seu marido desaparecido, procurando-o e lamentando sua ausência, até traze-lo de volta.

*Outras deusas correlatas são Anat, Ishtar e Inanna, que têm em comum com Freya os traços guerreiros, a licenciosidade amorosa, as habilidades mágicas e a morte e renascimento (ou retorno) de seus amados.

*Como Inana e Ishtar, Freya também tinha sacerdotizas que não se casavam e possuiam vários amantes.

*Sendo uma guerreira, uma valquíria (equivalente a uma amazona grega) a presença do "animus" energia masculina é bem forte nesta Deusa.

*Freya não é apenas comparada a essas deusas, mas também a Odin, pois ambos se valiam do sexo para atingir seus propósitos. Ambos eram adúlteros e ardilosos, e viajavam metamorfoseados entre os mundos e recebiam as almas dos guerreiros mortos em seus salões.

Freya possuía um colar mágico, Brisingamen, obtido de quatro gnomos ferreiros, em troca de favores sexuais (ela dormiu uma noite com cada um como forma de pagamento).

Odin, com inveja dos poderes mágicos do colar, enviou Loki para que o roubasse.

Loki se transformou em uma pulga e mordeu o pescoço de Freya que, ao se coçar, soltou o colar, permitindo que Loki o roubasse. Para reavê-lo, Freya teve que fazer algumas concessões para Odin com relação à disputa sobre os ganhadores nas batalhas (cada um deles queria a vitória para seus protegidos).

Diziam as Lendas, que uma batalha seria vitoriosa, se Freya sobrevoasse o campo inimigo em forma de Falcão, ou na forma Humana usando um manto de penas de falcão, liderando suas nove Deidades, consideradas também Servas de Odin, as Valquírias, Guerreiras Condutoras e Protetora das Almas em Combate.

Freya vivia na planície de Folkvangr ("campo de batalha"), em um palácio chamado Sessrumnir ("muitos salões").

Diariamente, ela cavalgava, como condutora das Valquírias, e recolhia metade dos guerreiros mortos em combate. Nesse aspecto, seu nome era Val-Freya, como recompensa por ter iniciado Odin na prática da magia seidhr, Freya podia escolher quais heróis desejava, os demais cabiam a Odin.

Ela também recebia as almas das mulheres solteiras. Como Vanadis, Freya era a regente das Disir, que personificavam aspectos das forças da natureza (sol, chuva, fertilidade, abundância e proteção) e eram as matriarcas ancestrais das tribos, reverenciadas com o festival anual Disirblot, na noite de 31 de outubro.

Freya e Frigga são consideradas Deusas gêmeas (Deusas brancas, com aspectos luminosos de fertilidade, vida, amor, crescimento, etc...) que juntamente com Hel ( deusa escura, com aspectos sombrios de morte,destruição, depressão, etc...), formam uma tríade (Deusa Tríplice), embora, tivessem atributos totalmente diferentes.

Freya também tinha seu aspecto solar: chamada de "Sol brilhante", ela chorava lágrimas de ouro e âmbar, que eram também os nomes de seus gatos, chamados de Tregul ("ouro da árvore", mel) e Bygul ("ouro de abelha", âmbar)

Seus gatos mágicos, Bygul (ouro de abelha, mel) e Tregul (ouro de árvore, âmbar), puxam sua carruagem, mas ela também possui um javali de batalha (Hildisvini) o qual ela cavalga.

Sua busca por Odur segue a trajetória do Sol, conforme as mudanças de estações, o que também a ligava a terra. Com o nome de Mardal ou Mardöll, Freya era reverenciada como "o brilho dourado que aparece na superfície da água iluminada pelos raios do Sol poente".

Supõe-se que Gullveig (a enigmática giganta que disseminou a cobiça entre os deuses Aesir) tenha sido um disfarce usado por Freya, enfatizando sua paixão pelo ouro. E foi como a maga Heidhr, "A Brilhante", que ela ensinou a magia seidhr a Odin.

Outras de suas manifestações são Hörn, "A fiandeira", regente do linho; Dyr, representada como "A porca", a protetora dos animais domésticos, e Defn, "A generosa"; mas sempre como "A Senhora", real significado de seu nome (Frowe, Fru ou Frau).

Atributos:

Representação da feminilidade, do amor, do erotismo da vida, da prosperidade e do bem-estar.

Também era a regente das batalhas, da guerra e da coragem.

Era a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas seidhr ou seidr (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação).

Suas sacerdotisas eram as völvas e serdhkonas.

Freya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra fru (que significa "mulher que tem o domínio sobre seus bens"), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a "mulher".

Renomada pela beleza extraordinária e pelo poder de sedução, ela tinha formas exuberantes e aparecia com os seios desnudos, o manto de penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar.

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Informações adicionais:

(1)ANIMA - Para a Psicologia Analítica, o arquétipo da anima (termo em latim para alma),constitui o lado feminino no homem, e o arquétipo do animus(termo em latim para mente ou espírito), constitui o lado masculino na psique da mulher. Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só biologicamente, através dos hormônios e genes, como também, psicologicamente através de sentimentos e atitudes.
Sendo a persona a face externa da psique, a face interna, a formar o equilíbrio são os arquétipos da anima e animus. O homem traz consigo, como herança, a imagem de mulher. Não a imagem de uma ou de outra mulher especificamente, mas sim uma imagem arquetípica, ou seja, formada ao longo da existência humana e sedimentada através das experiências masculinas com o sexo oposto.
Cada mulher, por sua vez, desenvolveu seu arquétipo de animus através das experiências com o homem durante toda a evolução da humanidade.

(2)VIRILIDADE - s.f. Qualidade de viril. Plenitude da capacidade sexual do homem.Faixa etária entre a adolescência e a velhice. Esforço, vigor, coragem.

(3)MASCULINIDADE - Em antropologia, a masculinidade se refere à imagem estereotipada de tudo aquilo que seria próprio de indivíduos machos, principalmente em análises da sociedades humanas. Faz oposição ao termo feminilidade
Em biologia, os machos são definidos como os indivíduos de uma espécie que produzem o gâmeta (ou gameta, a célula reprodutiva) menor e geralmente móvel - o espermatozóide, nos animais ou o anterozóide nas plantas.

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Referência:

Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur - Coleção Gaia AlémdaLenda

Mistérios Nórdicos, Deuses, Runas, Magias e Rituais - Mirella Faur - Ed. Pensamento

As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica - Carmen Alice Seganfredo & A. S. Franchini - Ed. Artes e Oficios

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ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Morrígan (”Terror” ou “Rainha Fantasma”)


Na Mitologia Celta o dia 30 de outubro era comemorado o Dia de Morrigan, patrona das sacerdotisas e das bruxas
Morrígan (”Terror” ou “Rainha Fantasma”), também escrita Mórrígan (”Grande Rainha”) (aka Morrígu, Mórríghean, Mór-Ríogain) é uma figura da mitologia irlandesa (céltica) considerada uma divindade, embora não seja referida como “Deusa” nos textos antigos.

Morrigan é uma das formas que toma a antiga Deusa Guerreira Badb. Morrigan ou Morrigu, Macha e Badb formam a triplicidade conhecida como as "MORRIGHANS", as FÚRIAS da guerra na mitologia irlandesa.

Morrigan, como todas as deidades celtas está associada as forças da Natureza, ao poder sagrado da terra, o Grande Útero de onde toda a vida nasce e depois deve morrer para que a fecundidade e a criação da terra possam renovar-se.
É também a Deusa da Morte, do Amor e da Guerra, que pode assumir a forma de um corvo. Nas lendas irlandesas, Morrigan é a deidade invocada antes das batalhas, como a Deusa do Destino humano.

Dizia-se que quando os soldados celtas a escutavam ou a viam sobrevoando o campo de batalha, sabiam que havia chegado o momento de transcender. Então, davam o melhor de si, realizando todo o tipo de ato heróico, pois depreciavam a própria morte.
Para os celtas, a morte não era um fim, mas um recomeço em um Outro Mundo, o início de um novo ciclo.

Na epopéia de Cuchulainn, "Tain Bó Cuailnge", em que se celebra a grande guerra entre os Fomorianos e os Tuatha De Danann, as três Deusas Guerreiras com forma de corvos são Nemain, Macha e Morrigu, das quais Morrigu é a mais importante.
Segundo a análise que faz Evans Wentz da lenda, são a forma tripartida de Badb.

Nemain confunde os exércitos do inimigo, Macha goza com a matança indiscriminada, porém foi Morrigu quem infundiu força e valores sobrenaturais a Cuchulainn, que desse modo ganhou a guerra para os Tuatha De Danann, que representavam as forças do bem e da luz, e derrotou os obscuros Fomorianos, de igual modo que os deuses olímpicos venceram os Titãs.
Representada comumente como uma figura terrível, nas glosas dos manuscritos medievais irlandeses como uma equivalente a Alecto - uma das Fúrias na mitologia grega de fato, um dos textos refere-se a Lâmia como “um monstro de formas femininas, ou seja, uma Morrigan” ou ainda como o demônio hebreu Lilith.

Associada com a guerra e a morte no campo de batalha, algumas vezes é anunciada com a visão de um corvo sobre carcaças, premonição de destruição ou mesmo com vacas. Considerada uma divindade da guerra, comparável às Valquírias da mitologia germânica, embora sua associação com o gado bovino permita também uma ligação com a fertilidade e o campo.

É com freqüência vista como uma divindade trinitária, embora as associações desta tríade variem: a mais freqüente dá-se de Morrígan com Badb e com Macha - embora algumas vezes incluem-se Nemain, Fea, Anann e outras.

As mais antigas narrativas de Morrígan estão nas histórias do “Ciclo do Ulster”, onde ela tem uma relação ambígua com o herói Cúchulainn. No Táin Bó Regamna (Invasão do gado em Regamain), ele a desafia, sem compreender o quê ela é, quando ela guia uma novilha por seu território, tornando-se seu inimigo. Ela profere uma série de ameaças, predizendo finalmente uma batalha próxima onde ele será morto. Ela diz, enigmaticamente: “Eu vigio sua morte”

No Táin Bó Cuailnge a Rainha Medb de Connacht comanda uma invasão ao Ulster para roubar o touro Donn Cuailnge. Morrígan surge ao touro na forma de um corvo, e o previne para fugir. Cúchulainn defende o Ulster, travando no vau dum rio uma série de combates contra os campeões de Medb. Entre os combates, Morrígan lhe surge, com aparência de uma bela moça, oferecendo-lhe seu amor e auxílio na batalha mas ele a rejeita.

Como vingança ela interfere no seu próximo combate, primeiro assumindo a forma de uma enguia, fazendo-o tropeçar; depois, com a forma de um lobo, provocando um estouro da boiada, e finalmente como uma novilha que conduz o rebanho em fuga, tal como havia ameaçado em seu primeiro encontro. Cúchulainn é ferido por cada uma das formas que ela assume mas, apesar disto, consegue derrotar seus oponentes. Ao final ela reaparece-lhe, como uma velha que trata-lhe os ferimentos causados por suas formas animais.
Enquanto ordenha uma vaca, ela oferece a Cúchulainn três copos de leite. Ele a abençoa por cada um deles, e suas feridas são curadas.

Numa das versões sobre o conto da morte de Cúchulainn, falando sobre como o herói enfrenta seus inimigos, diz-se que este encontra Morrígan como uma velha que lava sua armadura ensangüentada à margem do rio um presságio de sua morte.

Depois, mortalmente ferido, Cúchulainn amarra-se a uma pedra com suas próprias entranhas, para assim poder morrer em pé… Somente quando um corvo pousa sobre seu ombro é que os inimigos acreditam que realmente está morto.

Morrígan também aparece em textos do chamado “Ciclo Mitológico” celta. Na compilação pseudo-histórica Lebor Gabália Érenn, do século XII, ela está listada entre Tuatha Dé Danann, como uma das filhas de Ernmas, neta de Nuada.
Morrígan é freqüentemente considerada como uma deusa trina, mas a sua suposta natureza tripla é ambígua e inconsistente. Às vezes surge como uma de três irmãs, as filhas de Ernmas: Morrígan, Badb e Macha.

Por vezes a trindade consiste em Badb, Macha e Nemain - coletivamente conhecidas como Morrígan ou, no plural, como as Morrígan. Ocasionalmente Fea ou Anu também surgem, em várias combinações. Morrígan, porém, muitas vezes aparece só, e seu nome por vezes é transmutado para Badb, sem a terceira “forma” mencionada…

Morrígan é usualmente tida como “deusa guerreira”: W. M. Hennessey, em sua obra A antiga deusa irlandesa da guerra, escrita em 1870, foi influenciado por esta interpretação. O seu papel envolve freqüentemente a morte violenta de determinado guerreiro, ao tempo em que é sugerida uma ligação com Banshee (espécie de fada) do folclore posterior).

Esta ligação torna-se mais evidente no livro de Patricia Lysaght (The Banshee: The Irish Death Messenger - Banshee): “Em certas áreas da Irlanda encontra-se este ser fantástico que, além do nome feérico, também é chamada de Badhb”.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

Blue Foundation - Eyes on Fire (Tradução)



Olhos Em Fogo

Eu vou te perseguir
Te esfolar vivo
Mais uma palavra e você não sobreviverá
E eu não tenho medo
Do seu poder roubado
Posso ver através de você qualquer hora


Eu não vou aliviar sua dor
Eu não vou acalmar sua tensão


Você vai esperar em vão
Eu não tenho nada que você queira


Estou pegando isso devagar
Alimentando minha chama
Embaralhando as cartas do seu jogo
E na hora certa
No lugar certo
Eu jogarei meu Às


Eu não vou aliviar sua dor
Eu não vou acalmar sua tensão
Você vai esperar em vão
Eu não tenho nada que você queira


Olhos em fogo
Sua espinha está em chamas
Cortando qualquer inimigo com meu olhar
E na hora certa
No lugar certo
Emergindo devagar com graça


Ah… Cortando qualquer inimigo com meu olhar


Ah… Emergindo devagar com graça (2x)

A letra desta música expressa bem a reação das Deusas negras quando negligênciadas, ou como diria Jung quando nossa sombra não é trabalhada, nós percebemos isto nos mitos e também no dia a dia quando vemos ainda tantas pessoas que se tornam vingativas quando são traídas ou negligênciadas por aqueles a quem amam ou pensam amar.

Trabalhar o aspecto da sombra nos ajudará a entender melhor estes sentimentos e transmutá-los, pois para perdoar as outras pessoas é preciso que nós primeiro nos perdoemos, para compreender os outros é preciso que primeiro nós possamos compreender a nós próprios.

Aceitar nossos defeitos e perdoá-los, modificando a nossa maneira de ser, nos permite compreender e perdoar as faltas alheias e seguir em frente sem mágoas, ódios ou arrependimentos.

ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
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CULTO A DEUSA


Desde os povos primitivos a partir do momento que o ser humano passou a receber ensinamentos esotéricos sobre a Divindade, surgiram inúmeras religiões, sendo que em sua maioria possuíam o seguinte conceito: "A manifestação dual e tríplice da Divindade na Terra."

Essa sabedoria primitiva, os Deuses e Deusas, representantes dos mais diversos planos de manifestação só podiam ser concebidos a partir do momento que um determinado povo lhes desses atributos mais humanos. Esses atributos eram gerados na conformidade das possibilidades de concepção, mentais, psíquicas e emocionais daquele determinado povo, além é claro de suas possibilidades evolutivas. Assim a exceção dos Iniciados que podiam penetrar na transcendência desses seres divinos e reverenciá-los em seus sanctus ou santuários sagrados, o povo precisava de um deus e uma deusa bem próxima de suas possibilidades intelectuais.

Em todos os cantos da Terra, cada nação com seu idioma, invocam os mesmos deuses com os mais variados nomes que eram sincretizados no Logos, na Deidade e finalmente no Verbo manifestado, assim você tem, quase sempre o Pai, a Mãe e o Filho como primeiro, segundo e terceiro Logos respectivamente, assim temos:

No Egito, Osíris, Ísis e Hórus; na Índia Brahma, Vishnu e Shiva; na Pérsia, Ahuramazda, Mithra e Ariman; na Fenícia, Anu, Ea e Bel, aqui note que a alegoria cristã de Deus, Maria e Jesus não é mera coincidência.

Nos fantásticos textos de Dzian, que são textos da India primitiva (muito tempo antes do cristianismo católico romano), você tem: "O tempo não existia, pois havia dormido no seio do infinito da duração (...) Só as trevas enchiam o todo sem limites, pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez mais unos. (...) As trevas irradiam luz...a luz emite um raio solitário nas águas dentro do abismo da Mãe. O Raio transpassa o Ovo Virgem."

Curioso é que esse texto acima mostra uma nova Aurora da Manifestação no Universo após a reintegração com o Uno. Quiçá uma forma alegórica de descrever a fecundação no óvulo sob um prisma energético. Para efeitos esse texto foi escrito há alguns milhares de anos atrás.

Na gênese você poderá ler: "Deus criou no princípio os céus e a terra; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sob a face das águas. E deus disse: - Haja Luz. E houve a Luz." Apenas note que neste trecho a expressão Mãe foi emitida e substituída pela Água, eterna representação do princípio feminino universal.

Há ainda na mitologia escandinava: "No princípio havia um grande abismo (Caos); nem dia, nem noite existiam; o abismo era Ginnungagap, sem princípio nem fim. O Todo Poderoso, O Pai Incriado, morava nas profundezas do ABISMO(ou espaço) e quis, e o que quis veio a existência."

Esses textos são relacionados com a primeira e primordial manifestação, cujo simbolismo místico e iniciático é da mais alta transcendência cósmica e espiritual para o adepto.

Note que está sempre presente o princípio vivificador e a matriz de onde se origina a criação. É neste aspecto que surgem todas as mitologias a Mãe Universal ou Cósmica. Em todas as formas de vida está este princípio vivificador, chamado de Causa das Causas. Ele se manifesta e se projeta plano a plano, de esfera em esfera, na grande hierarquia Celestial dos seres criadores até chegar no ser humano, no plano mais denso e inferior.

A humanidade porém não pode conceber, mesmo nos dias de hoje, uma Mãe Cósmica, Suprema e Universal, assim procuram humanizar mais essa Mãe, no intuito de ouvir e atender suas súplicas, sendo assim reverenciada em vários aspectos e atributos que como já disse, mais adaptáveis a cada povo.

Assim temos na Grécia Antiga, Palas Atena - deusa da sabedoria; ou Demeter e sua filha Perséfone reverenciada nos famosos cultos de Elêusis (neste culto se achava a Arvore Sagrada que estava associada a Pomba, o Leão, o Peixe e a Cobra, interligadas respectivamente e representando o domínio sobre o Ar, a Terra, a Água e o Fogo) ; Afrodite, Deusa do Amor e Afrodite Urânios, uma Afrodite Celestial tida como "Mãe do Imaculado Amor" e no seu aspecto mais inferior Afrodite Pandemus mais ligada as paixões humanas. No Egito temos Ísis em cujo Templo em Sais havia a seguinte inscrição: "Eu sou aquela que é, que foi e que será e jamais ninguém levantou o véu que oculta minha divindade de olhos mortais." Notoriamente o "Véu de Ísis" tem simbolizado no meio iniciático os ensinamentos ocultos da primitiva sabedoria dado ao caráter elevado dessa Deusa na hierarquia oculta. Nos cultos Afro-Brasileiros temos Yemanjá e sua ligação com o mar.

Ainda temos no Egito a Deusa Hator, como simbolismo da Grande Mãe, mostrando uma nova face de Ísis;

A Cibele dos Gregos e Romanos;

Freya na Escandinávia;

Ishtar na Babilônia;

Sophia para os gnósticos;

Maria mãe de Deus para os católicos romanos.

Apenas para terminar e elucidar definitivamente esse ensaio, a letra "M" ou "M" sempre simbolizou junto com o pentagrama a água ou grande Mar, o elemento feminino, e normalmente em Magia seu significado traduz o símbolo da manifestação - o homem de braços e pernas abertas, e identifica como no caso da Bruxaria o filho ou filha da Grande Mãe, entidades relacionadas com o elemento água, ou Deusas Lunares. Os encantos, as poções a beira do caldeirão onde está presente o elemento água, etc. Apenas por curiosidade e para quem não sabe, a estrutura molecular da água tem o formato de uma estrela de cinco pontas, o curioso disto é explicar como as ciências antigas já possuíam o segredo de sua composição molecular.


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

Macha (mitologia da Irlanda)

Recados e Imagens - fadas


A deusa Macha foi adorada na Irlanda mesmo antes da chegada dos celtas. Ela é uma deusa Tríplice associada com Morrigan a deusa da guerra e da morte. É ligada também a Dana no aspecto de fertilidade da mulher. Seu pai era o "Aed, o vermelho" e sua mãe era Ernmas (druida feminina).

Há diversas lendas que convergem à deusa Macha. Às vezes ela aparece como sendo pertencente ao povo de Tuatha Dé Danann, mas em outras surge como uma rainha mortal. Portanto, é normal a confusão a respeito do que realmente ela é. Macha foi esposa de Nemed e consorte de Nuada; chamada de "Mulher do Sol". Ancestral do Galho Vermelho, é a Rainha da Irlanda, filha de Ernmas e neta de Net.

Seu corpo é o de um atleta e seus símbolos são o cavalo e o corvo. Macha está presente no "Livro das Invasões" quanto nas lendas do Ciclo de Ulster. Esta deusa é uma deidade tipicamente celta, pois em dado momento ela parece ser suave e generosa, para em outro transformar-se em terrível mulher guerreira.

Em algumas fontes, Macha é citada como uma das três faces de Morrighan, a maravilhosa deusa da guerra, da morte e da sensualidade. No "Livro das Invasões", a seguinte frase descreve esta triplicidade; "Badbh e Macha, grandes poderes. Morrighan que espalha confusão, Guardiãs da Morte pela espada, Nobre filhas de Ernmas.

" Nesse contexto, Macha é retratada como uma mulher alta e destacada, vestindo uma túnica vermelha e cabelos castanho-amarelados. Estas três deusas esconderam o desembarque dos Thuatha Dé Dannan na Irlanda no início dos tempos. Elas fizeram o ar jorrar sangue e fogo sobre oa Fir Bolgs, aqueles que inicialmente se opuseram contra os Thuatha, e depois os forçaram a abrigá-los por três dias e três noites. No "Livro Amarelo de Lecan", Macha é glosada como "um corvo, a terceira Morrighan".

As três Morrighan são:

Nemain - "frenesi", a que confunde as vítimas e espalha medo;
Morrighan - "Grande Rainha", a qual planeja o ataque e incita à valentia;
Macha - o corvo que se alimenta dos cadáveres em combate. Está também associada a troféus de batalha sangrentos, como as cabeças recolhidas dos inimigos, chamadas de "a Colheita de Macha". Esta sua ligação com a arte da batalha é reforçada nome das Mesred machae, os pilares das fortalezas, onde as cabeças dos guerreiros derrotados eram empaladas.

Macha é também a deusa que guia às almas ao além-mundo. Ela vive na terra dos mortos à oeste. Antes de sua ligação com à morte, ela representava a quintessência das fadas. É igualmente considerada uma deusa da água semelhante a Rhiannon e Protetora dos Eqüinos como Epona. Está ainda, associada à deusa do parto, especialmente se este for de gêmeos.




ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
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