quarta-feira, 7 de abril de 2010

DEUSA LAKHSMI


Lakshmi é uma Deusa Indiana consorte Vishnu, um Deus Protetor, que é muito amada por seu povo. Foi ela que deu a Indra, o Rei dos Deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.

A Deusa Lakshmi significa "boa sorte" para os hindus. A palavra "Lakhsmi" é derivada da palavra "Laksya" do sânscrito, significando o "alvo", o "objetivo".

UM POUCO DE HISTÓRIA...

A mitologia dos Deuses hindus é uma das mais ricas do mundo. A natureza complexa dos Grandes Deuses como Brahma, o Criador, Vishnu, o Protetor, e Shiva, o Destruidor e suas consortes, está representada em muitos mitos cheios de ação, aventura e romance. Esses mitos materializam o espírito sutil e generoso do próprio hinduismo.

Existem grande quantidade de textos hindus que elogiam os Deuses,e alguns deles, como o Rig Veda, são muito extensos.
A Índia é um país muito grande, com uma vasta população de mais de um bilhão de pessoas, onde se fala 745 línguas distintas.

Em torno de 80 porcento de sua população é hindu. O hinduismo como religião parece ter suas primeiras raízes na civilização do vale Indus (2500 a 1500 a. C.), que já adorava Shiva, o Deus da Criação e Destruição, e Devi, a Grande Deusa. Esses Grandes Deuses logo se fundiram com os Deuses Vedas dos ários, que invadiram a índia em torno de 1200 a. C.

Os primeiros mitos hindus foram escritos em textos religiosos como o Rig Veda em torno de 1200 a. C., e as histórias continuaram desenvolvendo-se durante 2000 anos.
A crença da reencarnação está presente na concepção do hinduismo.


Cada ser vivo possui uma alma que experimenta o que denomina de "samsara", ciclo que ocorre através de muitas formas corporais. O samsara dita um ritmo de nascimentos e mortes que podem repetir-se de forma indefinida.

A lei do "karma" (em sânscrito "feito") dita os feitos de uma vida e determinam o caráter da próxima. Uma vida de honra aos Deuses, poderá ser recompensada na próxima reencarnação. Assim como o homem se conduz, assim será conduzido: aquele que sempre fizer o bem, não precisa ter medo do mal, pois através de suas boas obras poderá se converter em um homem santo.
O hinduismo dá maior ênfase a riqueza espiritual do que a material.

LUGARES SAGRADOS

A Índia está cheia de lugares sagrados chamados "tirthas", que significam "lugares onde vadeia um rio". Os hindus crêem que os rios levam poderes sagrados à terra e o mais importante desses rios é o Ganges, que nasce no Himalaia e atravessa de um extremo ao outro do norte da Índia para desembocar na baía de Bengala. Existem muitos lugares santos ao longo dos 25,7 Km do Ganges, dos quais o mais importante é Varanasi, a cidade de Shiva, onde seus fiéis vão banhar-se no rio.

Os hindus dizem que banhar-se no Ganges é como estar no céu. Por isso, muitos são os peregrinos que se reúnem lavarem-se em suas águas, que se compara com amrita, o elixir da vida.

Bibliografia:
El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
La Diosa - Shahrukh Husain



ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

NASCIMENTO DE LAKSHMI



Como todas as Deusas no panteão Hindu, Lakshmi tem muitas histórias sobre sua origem. Uma delas conta, que o Rei dos Reis, Indra, um certo dia, perdeu seus poderes e envelheceu. Um sábio nomeou um Deva menor para ir até Brahma em busca de uma solução. Entretanto,esse último o conduziu até Mahavishnu (avatar de Vishnu) para um melhor aconselhamento. Vishnu sorriu ao ouvir o problema dos Devas (Deuses Menores) e deu-lhes uma solução. Disse que deveriam agitar o poderoso oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a força.


Mas tal feito não era nada fácil. Como chocalhar o oceano? Usando a montanha Mandara e a serpente Vasuki. Os Devas então foram providenciar tudo. Mas a montanha Mandara necessitava de uma base para puxá-la. Então Vishnu transformou-se em uma tartaruga poderosa e serviu de base para a montanha. Colocaram ainda, a serpente Vasuki em torno da montanha para protegê-la.


Os demônios acordados com tanta agitação, também quiseram compartilhar o elixir. Os Devas, como sabiam que não conseguiriam realizar a tarefa sozinhos, aceitaram a ajuda dos Asuras (demônios).
Agitaram tanto o oceano até que seus braços se feriram e receberam então, quatorze presentes preciosos para à humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir. Sentada sobre um lótus,era extremamente bela e encantou a todos. Os elefantes do céu derramavam gotas de água para refrescá-la. De acordo com a mitologia hindu, a terra inteira é mantida por quatro elefantes chamados Dik-gaj, onde "dik" significa o sentido e "gaj", o elefante.


Lakshmi trouxe consigo o elixir, que faria reviver a força dos Deuses. Escolheu então, para ser seu consorte, Vishnu. Vishnu carregou Lakshmi do oceano até o céu e cada vez que ele desce na terra como um avatar, é acompanhado por um avatar de Lakshmi.



Bibliografia:
El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
La Diosa - Shahrukh Husain



ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

LAKSHMI - ADORAÇÃO DO VRATA


Para as mulheres é importante a conexão com a Deusa


Lakshmi, pois ela traz muita prosperidade para toda a família.


A mulher hindu tradicional preza muito pela conservação de um lar saudável e próspero. Conseqüentemente, as mulheres pedem a ajuda de Lakshmi para assegurar essa harmonia, especialmente porque ela é considerada como modelo de esposa perfeita. O relacionamento de Lakhsmi e Vishnu ilustra esse aspecto.


Qualquer ritual deve ser realizado em uma sexta-feira que coincida com os dias 11 ou 21 do mês. Não deve-se comer carne nesse dia.
Sempre que o puja(ritual de adoração) é realizado, ele compreende três componentes importantes: ter uma imagem ou ilustração da Deusa; o ato do puja, ou adoração que inclui moedas,flores, frutas e alimentos que devem ser lhe oferecidos e no final os alimentos são abençoados e devem ser consumidos.


Executando-se essas três etapas cria-se um relacionamento emocional direto com a Deusa.
Você pode criar em sua casa um pequeno altar para adorar Lakshmi e pedir prosperidade e riqueza para sua vida. É só achar um cantinho ou uma mesinha vazia, cobri-la com uma toalha amarela e colocar a imagem ou uma fotografia da Deusa.


Coloque então uma vasilha com água pura, duas lamparinas à óleo ou velas vermelhas, incenso indiano, moedas, uma bandeja com 5 variedades de frutas da época, um vaso com rosas vermelhas, pasta perfumada da madeira de sândalo, e Panchaamrutam, que é uma mistura de mel, manteiga purificada (ghee), coalhada, leite e açúcar.


Pode ser substituído por um doce de ambrosia, que é mais conhecido por todos nós. Coloque um som ambiental com músicas indianas.
Depois que o altar estiver pronto sente-se em uma cadeira ou na posição de lótus no chão e feche os olhos.


Agora imagine-se flutuando em um rio em cima de uma flor de lótus vermelha gigante. Ao seu lado estará Lakshmi, linda em seu sari vermelho todo bordado de dourado.


Converse com ela e diga que você lhe trouxe muitos presentes para serem trocados por sua abençoada sabedoria. Deixe que o fluxo de sua imaginação carregue você, escute as palavras da Deusa e aqueça-se com sua abundância.
Quando quiser voltar é só se despedir da Deusa, respirar três vezes profundamente e abrir os olhos.

Bibliografia:
El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
La Diosa - Shahrukh Husain


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
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LAKSHMI - DEUSA DO AMOR, DA BELEZA E DA PROSPERIDADE

Lakshmi é uma Deusa do amor e da beleza, da sorte, da prosperidade e do sucesso. No hinduismo moderno é representada como uma jovem de longos cabelos negros brilhantes e soltos, vestindo um sari (vestido típico das mulheres da Índia) vermelho com bordados dourados e usando diversas jóias como: colares, braceletes, pingentes e um aro no nariz com incrustações.


Em sua cabeça ostenta uma coroa (Mitra) que representa o Monte Meru, a "Morada dos Deuses", que se vê circundada por um aro de luz que simboliza a Luz Solar. Em suas diferentes representações, pode mostrar-se com uma tez escura, ressaltando seu caráter de consorte de Vishnu; quando sua tez é da cor dourada, simboliza fonte de riqueza; se é branca, é a forma mais pura de Prakriti (da natureza); se a tez é rosada, se mostra como a Mãe de todas as criaturas.


Apesar dela aparecer em inúmeras ilustrações com quatro braços, é normalmente representada apenas com dois, segurando uma flor de lótus, ou sentada sobre ela com um cântaro que jorra moedas de ouro e flanqueada por dois elefantes.


Normalmente nos templos da Índia, Lakhshmi está em pé ao lado de seu consorte, o Deus Vishnu, o segundo membro da trimurti hindu. A Trimurti ("tripla estátua"), ou trindade, da divindade hindu consiste de: Brahma, Vishnu e Shiva.


Bibliografia:
El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
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REPRESENTAÇÕES DA DEUSA LAKSHMI


Quando é representada por quatro braços, os dois posteriores carregam flores de lótus (conhecimento desenvolvido); os braços anteriores mostram suas mãos doadoras de pepitas de ouro ou gemas, símbolos da fortuna que entrega aos homens: ouro e a gema do conhecimento. As quatro mãos significam os quatro fins da vida humana: dharma (atos de justiça e dever), kama (prazeres sensuais), artha (riqueza) e moksha (libertação espiritual final).

As mãos da frente representam a atividade de mundo físico e as detrás, indicam as atividades espirituais que conduzem à perfeição espiritual.A posição das mãos: em Abhaya até Mudrá ou postura de Proteção no caminho da devoção, e em Varada até Mudra ou Doadora de dons.


O assento de lótus, onde a Deusa se posiciona em cima, significa dizer que devemos apreciar a riqueza, mas não devemos nos tornar obsessivos por ela.
Nossa vida deve ser análoga a um lótus, que cresce na água, mas não é molhada por ela.


Os lótus, quando mostrados em vários estágios de florescimento, representam os mundos e os seres em vários estágios de evolução.
A flor de lótus sustentada pela mão direita posterior nos dá a idéia de que devemos executar todos os nossos deveres de acordo com o dharma. Isso nos conduzirá ao moksha (libertação espiritual final) que está simbolizado por um lótus na mão esquerda posterior.


As moedas de ouro que caem na terra da mão anterior de Lakshmi ilustram o seu poder de doar riqueza e prosperidade para seus devotos. Os dois elefantes ao fundo simbolizam o nome e a fama associados a riqueza temporal.


A idéia passada é que o devoto que obtiver a graça da riqueza não é tão somente para adquirir nome e fama ou para satisfazer seu próprio desejo material, mas deve compartilhar com o outro a fim de também propiciar-lhe felicidade.

As trompas dos elefantes que sustentam cânforas das quais jorram água, representam as águas do Sagrado Ganges ou também o Amrita obtido através do "Batimento ou Agitamento" do oceano do qual Lakshmi surgiu esplendorosa, com uma beleza sem par.


Muitas vezes Laskhmi é mostrada portando uma cânfora com Amrita (elixir da imortalidade do espírito), coberta de Kusa (erva ritualística).Como Deusa da prosperidade Lakshmi, é chamada também como Dharidranashini (a que destrói toda a pobreza) e Dharidradvamshini (àquela que se opõe a pobreza).As vezes, se faz referência a ambos (Lakshmi-Vishnu) pelo nome Lakshmi-Narayan, sendo Narayan outro nome de Vishnu.


Outros nomes que são dados para Laksmi incluem Hira (jóia), Indira (A Poderosa) e Lokamata (A Mãe do Mundo). Entretanto, é chamada também de Chanchala que significa "volúvel", ou aquela que não fica em um lugar por muito tempo.

Isso significa que a fortuna e a riqueza não permanecem por tempo prolongado nas mãos de qualquer um. Somente aqueles que são merecedores do respeito da Deusa terão esse privilégio. Portanto, não devemos somente adorá-la, mas também não devemos desperdiçar dinheiro em artigos ou projetos desnecessários.


Bibliografia:
El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
Todas as Deusas do Mundo - Claudiney Prieto
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A DEUSA E A CORUJA


Em algumas pinturas (ou desenhos) Lakshmi aparece voando montada em uma coruja. A coruja é a representação simbólica do Rei dos Reis, chamado de "Uluka" quando aparece nessa forma, personificando a riqueza, o poder e a glória. Sendo assim, Lakhsmi, como uma Deusa da Fortuna, não poderia ter encontrado alguém melhor para lhe servir de montaria.


Essa associação do Deus Indra a um pássaro que é parcialmente cego à luz do dia adverte sobre a procura secular da riqueza espiritual. Lakshmi associada ao Indra-coruja torna-se Mestra da sabedoria espiritual que dá todo o suporte para a riqueza material. Outra interpretação seria de que os olhos jamais se fecham para à luz da sabedoria ou para o sol do conhecimento. Toda Deusa-Mãe mantêm a ignorância sob o seu controle.
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El Libro de las Diosas - Roni Jay
Livro Mágico da Lua - D. J. Conway
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O festival de luzes de Lakshmi se chama Diwalli


O festival de luzes de Lakshmi se chama Diwalli (25 outubro), que homenageia essa Deusa como a esposa de Vishnu.

Nessa noite, as esposas hindus dançam particularmente para seus maridos. Lanternas de óleo são acesas por toda parte e pratos típicos são servidos. Esse é o Natal hindu, um período de boa sorte e prosperidade. Essa festa tem duração de uma semana.

Um dos costumes associados com o Diwalli é o jogo, especialmente ao Norte da índia. Se diz que nesse dia a Deusa Parvati jogou os dados com seu marido Shiva e declarou que quem jogasse na noite de Diwalli, prosperaria durante todo o ano seguinte. Ainda hoje, os hindus conservam a tradição do jogo de cartas.


Diwalli é de grande importância para a comunidade dos negócios. As casas e locais de trabalho se renovam e se decoram. As entradas se adoram com lindos motivos tradicionais de desenhos Rangoli para receber a Deusa da riqueza e da prosperidade.


Para indicar sua tão esperada chegada se desenha por toda a casa pequenas pisadas com farinha de arroz. As lamparinas e velas devem ser mantidas acesas por toda a noite. As mulheres compram algo de ouro ou de prata, ou algum utensílio novo para ser usado nessa noite.


Ao entardecer, quando se acendem as velas e lâmpadas de azeite, se venera a Deusa entoando canções de devoção e lhe é oferecido também, doces tradicionais.
Os hindus devotos, creêm que Lakshmi atrai a boa sorte e a prosperidade.


Se uma mulher é alegre e trabalhadora, se é boa cozinheira, ama a casa e os filhos, e se seu marido prospera, então seus amigos dizem:


-"Tua mulher é uma verdadeira Lakshmi", ou seja, a mulher atrai a boa sorte. Normalmente a mulher casada, particularmente a mulher jovem casada e com filhos, é considerada portadora de boa sorte, pois apresenta aspectos da Deusa Lakshmi, ou seja, o arquétipo ativo da Deusa.


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sexta-feira, 2 de abril de 2010

TÊMIS, A DEUSA DA JUSTIÇA --- "O direito não é justiça, porque o direito é um elemento de cálculo, enquanto que a justiça é incalculável."


Têmis é filha de Gaia e Urano e pertence, portanto, ao mundo pré-olímpico dos Titãs, do qual só ela e Leto aparecem mais tarde entre os olímpicos. Seu nome significa "aquela que é posta, colocada". Sua equivalente romana era a Deusa Justitia.

Têmis não representa a matéria em si, como sua mãe Gaia, mas uma qualidade da terra, ou seja, sua estabilidade, solidez e imobilidade. Ela é uma deusa que falava com os homens através dos oráculos.


O mais famoso de todos os templos oraculares da Grécia Antiga, Delfos, pertencia originalmente a Gaia, que o passou a filha Têmis. Depois disso, ele foi de Febe e só no fim foi habitado por Apolo.

Há pesquisadores que afirmam, no entanto, que Têmis é o próprio princípio oracular, de modo que, em vez de ter havido quatro estágios de ocupação do oráculo Delfos, foram só três: Gaia-Têmis, Febe-Têmis e Apolo-Têmis.


Portanto, Têmis tinha máxima ligação com a questão das previsões oraculares e, no fundo, representa a boca oracular da terra, a própria voz da Terra, ou seja, Têmis é a terra falando. Quando o titã Prometeu foi acorrentado ao Monte Cáucaso, Têmis profetizou que ele seria libertado. Sua profecia se concretizou quando Héracles, salvou-o do seu castigo. Foi Têmis quem alertou Zeus que o filho de Tétis seria uma ameça à seu pai.


Ajudou Deucalião e Pirra a formar a humanidade após o dilúvio enviado como castigo por Zeus, profetizando que ambos deveriam "jogar os ossos de sua mãe para trás das costas". Pirra ficou temerosa de cometer algum sacrilégio ao profanar os ossos de sua mãe, não captando o sentido da profecia. Deucalião, porém, entendeu tratar-se de pedras os ossos da deusa-Terra, mãe de todos os seres. Assim ele atirou pedras para trás e delas surgiram homens.

Os oráculos dados por Têmis, não profetizavam só o futuro, mas eram ainda, mandamentos das leis da natureza às quais os homens deveriam obedecer. A Deusa nos fala de uma ordem e de uma lei naturais que precedem as noções culturalmente condicionadas da organização e das regras derivadas das necessidades de uma sociedade.

Alguns pensadores crêem ser Têmis uma abstração das noções humanas de uma justiça de uma cultura específica, presumivelmente matrifocal. Uma visão arquetípica, sustentaria que Têmis não é o produto da organização social, mas o pressuposto para tanto.


Sua existência psicológica precede-o e subjaz ao entendimento humano do que ela quer dizer ou ensinará. A visão arquetípica localizaria sua origem na natureza psíquica, no inconsciente coletivo, ao invés de localizá-la na cultura e na consciência coletiva.

Ela não é secundária, e sim fundamental. Entretanto, nos cultos à Têmis eram celebrados os "mistérios" ou "orgias", emprestando-lhe a visão que ela era uma Deusa genuína, e não uma simples personificação da idéia abstrata de legalidade. Têmis é a Deusa oracular da Terra, ela defende e fala em nome da Terra, do enraizamento da humanidade em uma inabalável ordem natural.

Um dos atributos de Têmis é sua grande beleza, além do poder de atração de sua dignidade. Sua atratividade física é confirmada pelo mito em que Zeus a persegue com seu estilo desenfreado e, finalmente, a desposa.

Seu mais ardente adversário no Olimpo foi Ares, o deus da guerra cujo o apetite por violência e sede de sangue não conhecia limites. Não porque Têmis fosse contra a guerra, mas agia com motivos de ordem ambiental, pois a guerra reduziria a população humana.

Na qualidade de mãe das Horas, Têmis está também por trás da progressão ordenada do tempo na natureza. As Horas representavam a ordenação natural do cosmo: inverno e depois primavera, dia depois a noite, uma hora após a outra.

Sua outra filha com Zeus, Astraea também era uma deusa da justiça. Conta-se que ela deixou a Terra no fim da Idade do Ouro para não presenciar as aflições e sofrimentos da humanidade durante as idades do Bronze e do Ferro. No céu ela tornou-se a constelação de Virgo.


Também Têmis foi transformada em uma constelação, Libra. Outras filhas suas são: Irene e Dike. Esta última está relacionada com a representação da divindade da justiça. Temis e Dike elucidam o lado ético do instinto, a voz miúda e calma no seio do impulso. Dike para a humanidade é a função de base institual em sintonia com o que Jung chama de instinto para reflexão. Têmis é ainda, mãe de Prometeus e Atlas.

Têmis empunha uma espada em uma mão (poder exercido pela Justiça), enquanto com a outra sustenta uma balança (simbolizando o equilíbrio, entre as partes envolvidas em uma relação de Direito). A venda que lhe cobre os olhos, simbolizando a imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos, foi criação de artistas alemães (séc. XVI).


Outros símbolos: a lâmpada, a manjerona e "pudenda muliebria". O significado da manjerona é sexual e tem ligação com a fertilidade. Esta planta misteriosa é uma planta lunar e tem ligação com a influência fertilizadora da Lua sobre a Terra.


Mas a manjerona também tem ligação direta com outro emblema de Têmis, "pudenda muliebria", que vincula a Deusa à fertilidade e à sexualidade, de modo direto e inequívoco.

Sabe-se que havia orgias vinculados ao culto de Têmis e certamente, estes ritos eram de natureza sexual. Como devotas de "pudenda muliebria", as adoradoras de Têmis dedicavam-se a rituais e práticas altamente sexualizadas.


Têmis que mobiliza a energia sexual, transforma esta energia em amor e atenção para com o mundo, em justiça e equilíbrio para todos, assim como em novos rebentos para todas as formas de vida. As descargas da libido que fluíam entre Têmis e suas adoradoras serviam não só para estreitar laços entre a Deusa e suas devotas, mas também aproximavam cada uma delas e o mundo todo.

Ao presidir as reuniões de cunho político do Olimpo, Têmis manifesta o teor organizacional de sua dignidade e justiça. Têmis congregava às reuniões com seriedade moral e obrigava os grandes e poderosos a ouvir, de modo consciencioso, as objeções e contribuições dos irmãos e irmãs menos proeminentes.


A Deusa opunha-se à dominação de um sobre muitos e apoiava a unidade mais que a multiplicidae, a totalidade mais do que a fragmentação, a integração mais do que a represão. Nessa atividade de contenção e vinculação, Têmis revela o princípio operado pela consciência feminina: a lei do amor.

Têmis era a deusa da consciência coletiva e da ordem social, da lei espiritual divina, paz, ajuste de divergências, justiça divina, encontros sociais, juramentos, sabedoria, profecia, ordem, nascimentos, cortes e juízes. Foi também inventora das artes e da magia.


ZEUS E TÊMIS

Têmis foi a segunda esposa de Zeus, depois de Métis e antes de Hera. É Ela que temperou o poder de Zeus com muita sabedoria e com seu profundo respeito pelas leis naturais.


Sendo uma Titã, suas raízes são instintivas e pré-olimpicas e estende-se à frente, para incluir uma visão cósmica das operações finais e essenciais do universo inteiro. Além de esposa e conselheira, Têmis é também mentora de Zeus. Em um mito ela aparece como ama de leite de Zeus bebê, ensinando-o a respeitar a justiça.

No casamento de Zeus e Têmis vemos duas forças, uma solar e outra lunar, trabalharem coligadas com poucos conflitos à serem observados. Zeus era o rei todo-poderoso, absoluto, um padrão arquetípico que governa a consciência coletiva, que tanto cria como mantém uma coletividade.


Mas é Têmis, que movimentando-se dentro de vários outros padrões arquetípicos, desestabiliza o absolutismo e as certezas de Zeus. Ela movimentava-se em uma direção contrária, nunca deixando de incluir o máximo possível. Têmis exercia portanto, um efeito de abrandamento. Entretanto, o casamento do dois não foi de total doce harmonia, pois embora transitasse sabedoria entre eles, os ditames de um e do outro, sempre tinham um preço muito elevado, pois nada possui solução definitiva.

Na imagem de Zeus consultando Têmis, podemos aceitar uma boa dose de troca. Zeus é quem rege e decide, enquanto Têmis assume uma atitude mais suave e dá seu toque relativizador que procede de perspectivas mais abrangentes.


DIÁLOGO COM TÊMIS


Têmis chega até nós com sua espada da justiça da natureza e nos diz que é tempo de refletir. O instinto reflexivo rompe o elo estímulo-resposta e, no intervalo desta descontinuidade, nós humanos temos a oportunidade de perceber conscientemente uma situação. A reflexão desenflama a superestimação que a pessoa faz de si e conserva-o atento a sua verdadeira imagem de seu lugar na ordem natural das coisas e manter as proporções certas, justas e humanas.

Quando você tiver um conflito interno, uma pressão muito grande, medite e chame por Têmis para alcançar o equilíbrio e a sabedoria para solucionar estas questões. Deixe então sua voz da consciência falar, pois ela é a voz de Têmis.Confie no julgamento de Têmis, pois só Ela é a Deusa oracular da Terra.

Em seguida, inicie sua reflexão repensando estas questões:

1. Descreva uma época em que os valores para você deram um giro de 180 graus.

2. Recorde épocas que você sentiu completamente perdido, fisicamente ou emocionalmente. Ou talvez não havia nenhum caminho espiritual à ser seguido. Também, recorde um momento em que você sentiu-se perfeitamente equilibrado.

3. Você teve alguma experiência que passou na vida que ainda recorde? Que passagens importantes ainda conserva em sua memória? Pense nelas e de que forma elas passaram para sua consciência?

4. Há momentos em sua vida que você se sente em débito com seu carma? Há pessoas que acreditam que só se conservarão vivas, enquando este débito não seja compensado.

5. Pode você descrever alguma passagem de sua vida que já recebeu o justo castigo de Têmis? Você é uma pessoa que consegue manter o equilíbrio entre o otimismo e o pessimismo?

6. Você acredita em destino, carma, fado? Que experiências pessoais lhe levaram a acreditar?

7. Você já passou por um período de fatalidades em sua vida?

8. Escute agora sua consciência, pois esta é a voz de Têmis.

Referência: Reino das Deusas - Rosane Volpatto