terça-feira, 30 de março de 2010

DEUSA ASERÁ


Aserá é uma Deusa cananéia muito antiga, uma inscrição suméria datando de 1750 a.C. se refere a ela como a esposa de Anu, que pode ser identificado como El, o deus pai do panteão cananeu, cujo papel é muito similar ao deus sumério An.
Aserá era chamada "A Senhora do Mar", o que a relaciona com a Nammu suméria e com a Ísis egípcia, "nascida da umidade".
É possível que Aserá se convertesse na esposa de Yahvé aos olhos dos hebreus quando o deus assimilou a iconografia de deus pai que havia pertencido a El.
Seu outro título era "Mãe dos Deuses", como a Deusa Ninhursag suméria, e entre seus setenta filhos figuram Baal e Mot, e sua filha Anat.

Os reis se alimentavam de seus peitos, como se alimentavam da Deusa na Suméria e no Egito.

Como o símbolo astrológico de Baal era o Sol, Asera é freqüentemente associada com à Lua, mas seu símbolo era o planeta Vênus.

Entre outros títulos se destacam ainda:"rainha do céu" (Jeremias 7:18; 44:17,19); senhora dos céus, da terra e do mundo subterrâneo; o grande princípio fêmea universal.

Dizia-se que em suas mãos estavam a vida, a morte e a renovação de toda a natureza. Como imagem da árvore da vida, se alçava nos templos e bosques de Canaã, e era venerada como "Doadora de Vida".
Muitas de suas imagens, chamadas "asherim", eram esculpidas em madeira e colocadas junto ao altar nos templos, ou em um bosque próximo ou sobre altares dispostos no alto de colinas ou em "lugares elevados", consagrados à Deusa, como em Creta.


Uma imagem permaneceu durante muitos séculos no grande templo de Salomão, em Jerusalém.
É possível que as "asherim" fossem verdadeiras árvores, muito provavelmente o sicômoro ou amoreira negra, com seu fruto rico e escuro e sua seiva leitosa, que pertenciam a Deusa no Egito e em Creta.

Fossem árvores ou efígies, as "asherim" eram as que provocavam a fúria dos profetas e as orgias da destruição à mão de certos reis que, de vez em quando, instigados pelos profetas, ordenavam sua eliminação imediata.

A palavra "Aserá" na Bíblia pode referir-se tanto a própria Deusa como sua imagem de madeira esculpida, embora nenhuma dessas imagens sobreviveu.

No entanto, muitas figuras de argila, pequenas e nuas, foram encontradas no interior das casas; e o corpo e as pernas, têm uma coluna cilíndrica que terminam em uma base plana.

Possivelmente fossem pequenos modelos de imagens maiores que encontravam-se nos bosques e templos.
Em cada escavação arqueológica importante na Palestina são encontradas figuras femininas, datadas entre 2.000 a.C até 600 a.C.
É possível que as mulheres usassem estas diminutas imagens para pedir a Aserá sua ajuda no parto ou para que lhes concedesse fertilidade.
Aserá foi a Deusa de Tiro e da Sidônia em épocas longínquas, ao menos desde 1200 a.C, e foi provavelmente uma esposa sidônia de Salomão quem a introduziu na corte do rei hebreu.


Mais tarde, o rei Acab de Israel (873-852 a. C.) se casou com Jezabel, filha de um rei da Sidônia, e o culto a Aserá foi estabelecido de novo na corte, junto com seu filho Baal.
O culto à Aserá no reino do norte, Israel, persistiu até 721 a.C., mas permaneceu em Betel, pois lemos em Josias, que o rei de Judá (629-609 a.C), destruiu os altares que haviam sido erigidos por Jeroboão 300 anos antes e como "queimou as Aserás". Queimou o altar, rompeu as pedras, as reduziu à pó, e queimou o cipó sagrado).
Existem muitas referências veladas dos profetas às práticas nos templos cananeus, e também a interpretação de sonhos.


O profeta Elias assinala que "a profecia extática israelita têm suas raízes profundas na religião cananéia", as sacerdotisas e sacerdotes cananeus eram iniciados nas artes xamânicas.
As sacerdotisas e sacerdotes de Aserá e Baal eram chamados profetas, porém a prática de sua vocação vinha sendo cada vez mais amenizada.
Finalmente foi suprimida pelos profetas hebreus como intérpretes da palavra divina.

Aserá era o pão da vida original. As mulheres hebréias e canaanitas amassavam o pães com sua figura e eram benditos e comidos ritualmente.

Esse pão é o precursor da hóstia da comunhão. Eram encontrados ídolos seus debaixo de cada árvore e era esculpida em árvores vivas ou se erigiam como postes ou pilares ao lado dos altares ao longo dos caminhos.

O culto se refinou com a Ártemis síria, da qual se faziam imagens de argila.
Os antigos rituais sexuais (que atualmente são erroneamente considerados como simples cultos à prostituição) associados à adoração de Aserá, asseguravam a continuação dos padrões de descendência matrilinear, com sua sociedade afastada dos valores do dominador.

Os sacerdotes iconoclastas hebreus desarraigaram a Aserá, suplantando a cultura matriarcal com a patriarcal.
A referência Judaico-Cristã dessa lei dos Levitas, passou ao Império Romano, e é a fonte da atual desigualdade sexual.

ASERÁ E LILITH

O nome de Lilith se deriva da palavra assíria "lilta", um demônio feminino, ou espírito do vento.
Porém, anteriormente, aparece como "Lillake" em uma tablita suméria de 2000 a.C., encontrada em Ur que contêm o conto de Gilgamesh e da Árvore Huluppu, um salgueiro sagrado.

Ali ela é um ser demoníaco que vive no tronco da árvore do salgueiro arrancado pela Deusa Inanna e lançado aos bancos do rio Eufrates.
Lilith é uma deidade conectada estreitamente com Inanna.

Lilith se sentou originalmente em seu trono, uma árvore de salgueiro de três galhos com uma serpente dragão em suas raízes e Anzu ou pássaro Zu ou Ku (o deus sumério das tormentas) nos galhos.

Essa árvore estava consagrada a Deusa e foi plantada por Inanna no rio Eufrates.
A representavam como uma bela mulher nua com peitos proeminentes, situada entre dois leões, flanqueados por duas corujas, usando um turbante de serpente e com asas.

Em suas mãos tem o símbolo do poder. Liltih se relaciona em várias ocasiões com a árvore do conhecimento.
As vezes se mostra na árvore com o rabo da serpente e pés de animal.
Os ícones dedicados a Aserá mostram pinturas de uma "árvore sagrada".
Entre outros títulos, Asera era conhecida como "A Deusa da Árvore da Vida", "A Divina Dama do Éden" e "A Senhora da Serpente".

Aserá era representada, as vezes, como uma mulher que carregava uma ou mais serpentes nas mãos.
Era a serpente de Aserá quem aconselhou Eva para desobedecer a ordem de deus de não comer da árvore sagrada.

Em resumo, Aserá era uma das múltiplas representações de Lilith.
Segundo a Biblia, os antigos adoradores de Aserá incluíam ao rei sábio Salomão e outros reis bíblicos, assim como suas esposas e filhas de Jerusalém.
Os profetas do antigo testamento, as vezes, os criticavam por oferecerem incenso à Rainha dos Céus.

Como sabemos, esses rituais sempre eram realizados em frente à uma árvore que representava a Deusa.
Era a árvore do bem e do mal, a árvore do conhecimento, a árvore da vida, enfim, a árvore Huluppu.
Esse ritual realizado em torno da árvore, chegou aos nossos dias e hoje nós a conhecemos como a Árvore de Natal.

CONECTANDO-SE COM ASERÁ

A Deusa Aserá está diretamente associada com a árvore de Natal e as festas natalinas. Os melhores dias para estabelecermos conexão com Ela são: 10 e 15/02, 17/03 e 25/12. o Dia consagrado é o sábado.

Seus símbolos são: o leão, os lírios, o salgueiro, um triângulo, uma coluna ou uma cruz.
Ela é a Grande Mãe, associada à fertilidade e ao sexo, regente do Céu e do planeta Vênus.
Conecte-se com essa Deusa poderosa, olhando para Vênus (a estrela matutina ou vespertina), faça seus pedidos, medite e, em seguida, olhe para um espelho ou para a superfície de um lago até perceber alguma imagem ou receber alguma mensagem ou intuição.

Asera é a Deusa que traz bênçãos especiais para a família e ajuda as pessoas à atingir seus objetivos e sonhos

Referencia: (O Anuário da Grande Mãe - Mirela Faur; pág. 68)
The Hebrew Goddess - Raphael Patai


ALINE SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
E-mail: arcanjo.azul@hotmail.com

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