terça-feira, 30 de novembro de 2010

Deusas


Deusas

Eu sou a Mãe

Eu sou a Mãe de todos os seres vivos, a culminação da criação.

Eu gero e nutro a vida em mim e tudo o que gerei e pari é bom, muito bom.

Eu me recuso carregar a vergonha do homem no meu corpo.

Eu me recuso perpetuar a fraqueza da mulher na minha vida.

Honre tudo o que foi diminuído, receba tudo o que lhe foi negado.

Pois no início de tudo existia somente a Mãe.

No primeiro dia criei a luz e a escuridão e elas dançaram juntas.

No segundo dia criei a Terra e a água e elas se tocaram entre si.

No terceiro dia criei as plantas e elas enraizaram e suspiraram.

No quarto dia criei as criaturas da terra, do mar e do ar e elas caminharam, nadaram e voaram.

No quinto dia minha criação aprendeu o equilíbrio e a colaboração.

No sexto dia celebrei a fertilidade de todos os seres,No sétimo dia deixei espaço para o desconhecido.

No início de tudo existia somente a Mãe, a mãe criadora e nutridora de todos nós.

Honre tudo o que foi diminuído, receba tudo o que lhe foi negado.

E afirme: Eu sou mulher, eu sou boa, eu sou feliz!

Patricia Lynn Reilly - A God who looks like me

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Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

OXUM DEUSA DOS RIOS, FONTES E REGATOS



Identificada com Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora do Carmo. No Rio de Janeiro sua identificação é com Nossa Senhora da Conceição e sua data festiva 8 de dezembro. Também é identificada com Santa Catarina.

Os rios, em quase todas as mitologias, são a morada de deuses ou a própria divindade. O rio é um caminho mágico.

Na Europa, os deuses fluviais mais comuns aparecem com a forma de touro, porco, cavalo ou serpente. Para os africanos Iorubás, as deusas dos seus rios são lindas mulheres como a Deusa Oiá (Niger) e a Deusa Oxun.

A dança de Oxun é mímica da mulher faceira, que se embeleza e se atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes. Diante do espelho, sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora.
Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a Deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.

Conta-se que Oxun era soberana de um grande reino, cujas riquezas atraíram a cobiça dos Ioni, seus vizinhos. Os Ioni invadiram o país, multiplicaram os saques, tomaram a capital e apoderaram-se da fortuna da rainha.
Para não ser aprisionada, Oxun fugiu numa jangada nas trevas da noite e pediu a proteção do alto. Depois, por inspiração divina, ela ordenou aos seus súditos que preparassem abarás e deixassem na praia. Os invasores chegaram e, como estivessem famintos, apanharam logo os abarás e comeram.
Dentro não havia veneno e sim a força divina. Todos ciaram mortos. Oxun, assim, logo retomou a posse de sua fortuna e de seu reino. Daí por diante, devido à vitória, ganhou a nome de Oxun-Ioni, uma das dezesseis Oxuns.

DEUSA DA ADIVINHAÇÃO E DA FECUNDIDADE

Muitas Oxuns são guerreiras; outras, ligadas à magia. Das iyabás, isto é, os orixás femininos, só OXUN tem o direito de penetrar no reino de Ifá, o senhor da adivinhação: ela pode jogar o edilogun, os dezesseis búzios divinatórios de Exu.

Oxun, orixá das águas, é uma deusa da fecundidade e, portanto, da criação.
As mulheres a ela recorrem, quando desejam ter filhos. Oxun ajuda nos partos, como a Deusa Artemis. Orixá da fecundidade, revive as deusas lunares de várias mitologias, que simbolizam a terra-mãe.

É comum dizer-se que Yemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum quem concebe e é a criadora.

Nada mais lógico do que esse atributo, pois, sendo o orixá da água doce, sem Oxun não existiriam os vegetais.Tudo morreria. Pois são os cursos d'água que irrigam e fertilizam a terra, renovando e perpetuando a vida. O Alcorão, em algumas suras, descreve o paraíso como um lugar por onde corre um rio, em cujas margens vicejam os jardins e os pomares.

OXUN NA UMBANDA

Oxun lidera a legião das Sereias, a primeira das sete legiões da linha de Iemanjá.
Identificada com Nossa Senhora da Conceição, sua festa é em 8 de dezembro, a mesma data em que é festejada Iemanjá na Bahia.

Os presentes para Oxun, semelhantes aos oferecidos a Iemanjá, costumam ser deixados junto das fontes e regatos, constando de champanhe, vinho branco ou moscatel, flores com fitas brancas e azuis, pó-de-arroz branco, pente branco pequeno, espelho branco, perfumes...
Nos pontos cantados ela é chamada "mamãe Oxun", uma reminiscência da sua condição de Deusa da fertilidade, como todas as iyabás das águas.
Suas cores predominantes são o branco e o azul.
Por vezes é confundida com a Uiara dos índios e caboclos, uma forma fluvial da sereia européia.

LENDAS

1 - Houve um tempo em que os orixás masculinos se reuniam para discutir sobre a vida dos mortais e não deixavam as deusas participarem das decisões. Aborrecida com isso, Oxum fez com que as mulheres ficassem estéreis e então tudo deu errado na terra.
Os orixás foram consultar Olorum e ele explicou que sem a presença de Oxum com seu poder sobre a maternidade, nada poderia dar certo. Os orixás, então, convidaram Oxum para participar das reuniões: as mulheres voltaram a ser fecundas e todos os projetos dos orixás tiveram bom resultado.

2 - Quando Xangô se apaixonou por Oxum, ela o recusou; então ele tentou violentá-la. Foi impedido por Exu, que os separou, dizendo que eles só poderiam se unir se ela o aceitasse livremente.
Zangado, Xangô trancou Oxum numa torre muito alta, dizendo que só a soltaria quando ela o aceitasse. Oxum chorou muito; então Exu passou e perguntou o que acontecera. Sabendo da história, foi correndo levar seu pedido de socorro a Olorum. Este soprou em Oxum um pó que a transformou em pomba; assim, ela pôde voar e sair da torre pela janela.

ARQUÉTIPO

Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos e tinha uma grande paixão pelas jóias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos iorubás.

O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza, voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.
Oxum é a Deusa dos lagos, rios e cachoeiras. Assim como ela suas filhas são amorosas, românticas e muito apegadas à família e ao lar. E como detestam brigas, fazem de tudo para viver na mais perfeita harmonia. Oxum também pode ser invocada para todos os assuntos que estejam relacionados à maternidade. A protetora das águas doces está fortemente relacionada à sensualidade, pois é considerada a deusa da beleza, bastante vaidosa, adora ficar se cuidando, se adimirando no espelho.

Mesmo que às vezes tenha que usar da falsidade ou da esperteza, este Orixá não mede esforços para conseguir o que deseja. No Brasil, sua imagem esta relacionada ao ouro, o metal mais precioso que temos. Por ser também considerada a deusa das artes, do dinheiro e da riqueza, Oxum está associada ao luxo e requinte.

Muito sentimentais, seus filhos emocionam por qualquer motivo. Na vida profissional, procuram sempre estabilidade financeira para ter tudo o que a vida pode oferecer de bom. Nas relações pessoais prezam demais a verdade e a lealdade que colocam acima de qualquer coisa na vida.

No plano mental, o orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos.
Ainda no plano mental, esse Orixá imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.
Oxum traz o privilégio da fecundidade da abundância e até da riqueza, seja no plano físico, nos sentimentos, seja no plano mental das idéias originais e proveitosas a todos.

A nível negativo são preguiçosas, negligentes, omissas, desalinhadas e não muito cuidadosas com a própria aparência. Chegam mesmo à falta de higiene com o corpo e com o lugar onde habitam. Choram por nada.

Reclamam de coisas de que não cuidaram no devido tempo. Emotividade exagerada, piegas, sensualismo degradante, fanatismo, obsessão e intolerância.


ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Email: arcanjo.azul@hotmail.com

YEMANJÁ

"Yemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta."
Jorge Amado


É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos. Em Cuba, é conhecida por Yemayá e também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.

Odoyá Mãe Yemanjá, Senhora da calunga grande, rainha do mar. Sincretizada com Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes, é a grande Mãe de toda vida na Terra. As cerimônias em sua homenagem são comumente feitas à beira-mar, as oferendas podem ser feitas na areia ou colocadas em um barquinho que é solto após passar (pular) por 7 ondas. Suas cores são o azul claro e branco, sua bebida é a sidra, espumante e champanhe.

A mais tradicional Festa de Yemanjá acontece em Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Yemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Na verdade suas festividades e homenagens começam logo após o Natal e se estendem por todo mês de janeiro do ano seguinte em todo Brasil. Na praia de Copacabana as comemorações de Yemanjá marcam a passagem de ano e podem ser vistas também por toda orla marítima do Rio de Janeiro.



Arquétipo: (Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio")

"As filhas (e filhos) de Yemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto".

No arquétipo psicológico, segundo o livro 'Os Orixás', publicado pela Editora Três, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Yemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.

Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo. Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.

São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.



Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam, o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

Qualidades :: Candomblé:
Yemowô - que na África é mulher de Oxalá,
Iyamassê - é a mãe de Sàngó,
Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
Yemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,
Yemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,
Yemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.





Lenda de Yemanjá segundo o Candomblé

Yemanjá era a filha de Olokum, a deusa do mar. Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos, estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás. Um deles foi chamado de Oxumaré, o Arco-Íris, “aguele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Yemanjá tornaram-se imensos.

Cansada da sua estadia em Ifé, Yemanjá fugiu na direção do “entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá. Ao norte de Abeokutá, vivia Okerê, rei de Xaki. Yemanjá continuava muito bonita. Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe: “Jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios.”

Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso. Voltou para casa bêbado e titubeante. Ele não sabia mais o que fazia. Ele não sabia mais o que dizia. Tropeçando em Yemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável. Okerê, vexado, gritou: “Você, com seus seios compridos e balançantes! Você, com seus seios grandes e trêmulos!” Yemanjá, ofendida, fugiu em disparada.

Certa vez, antes do seu primeiro casamento, Yemanjá recebera de sua mãe, Olokum, uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: “Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Em caso de necessidade, quebre a garrafa, jogando-a no chão.”

Em sua fuga, Yemanjá tropeçou e caiu, a garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio. As águas tumultuadas deste rio levaram Yemanjá em direção ao oceano, residência de sua mãe Olokum.

Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher.
Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina, chamada, ainda hoje, Okerê, e colocou-se no seu caminho, Yemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para a direita, Yemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para a esquerda. Yemanjá vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos. Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder, Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos, um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame, e um prato de “gbeguiri”, feito com feijão e cebola e declarou que, no dia seguinte, Yemanjá encontraria por onde passar.

Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva, começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia, começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia e quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio. Ouviu-se então: "Kakara rá rá rá" … Ele havia lançado seu raio sobre a colina Okere. Ela abriu-se em duas e, "suichchchch" … Yemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum, aí ficou e recusa-se, desde então, a voltar em terra.


Seus filhos chamam-na e saúdam-na:
“Odo Iyá, a Mãe do rio, ela não volta mais.
Yemanjá, a rainha das águas, que usa roupas cobertas de pérola.”
Ela tem filhos no mundo inteiro.
Yemanjá está em todo lugar onde o mar vem bater-se com suas ondas espumantes.
Seus filhos fazem oferendas para acalmá-la e agradá-la.
Odô Iyá, Yemanjá, Ataramagbá
Ajejê lodô! Ajejê nilê!
“Mãe das águas, Yemanjá, que estendeu-se ao longe na amplidão.
Paz nas águas! Paz na casa!”

YEMANJÁ = Santa Maria, Nossa Senhora
DIA DA SEMANA: Sábado
DATA: 2 de fevereiro
METAL: prata e prateados
COR: Azul, Prata transparente, Verde água e branco
COMIDA: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya e vários tipos de furá
SÍBOLOS: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras
AMALÁ: 7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, fitas azuis e rosas brancas ou outro tipo de flor branca. Local de entrega, na praia.
ERVAS (Banho de descarrego): Pata de Vaca – Folhas de Lágrima de N.Senhora – Erva Quaresma – Trevo e chapéu de couro - Rosas brancas.

Bibliografia: Livro: Lendas Africanas dos Orixás; autor: Pierre Fatumbi Verger

ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotisa, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.

AS ALMAS GEMEAS - A LENDA DOS ANDROGINOS


Na mitologia

Segundo o livro "O Banquete", de Platão, Andrógino é uma criatura mítica proto-humana. No livro, o comediógrafo Aristófanes descreve como haveriam surgido os diferentes sexos.
Havia antes três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros uma entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos era uma entidade feminina com as mesmas características, tendo também oito membros e duas cabeças , e Androgynos composto por uma metade masculina e outra metade feminina.

Eles não estavam agradando os deuses, que resolveram separa-los em dois, para que se tornassem menos poderosos.
Pois os Deuses nutriam muito ciúmes destes seres tão completos em si mesmos, os Deuses temiam que tal completitude os tornassem tão poderosos que viessem a ameaçar o domínio dos Deuses.
Seccionado Andros, originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um pelo o outro.
O mesmo ocorreu com Gynos uma entidade feminina que ao ser seccionada continuou atraída por sua outra metade, e Androgynos que ao ser seccionado deu origem ao homem e a mulher também atraídos um pelo outro .
Todos eternamente incompletos e condenados a vagarem eternamente em busca da sua outra parte, a sua alma gêmea, para atingirem ou alcançarem o estado de completitude original.
Dando origem assim a lenda das almas gêmeas.

Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais. Segundo Aristófanes, seriam então dividos aos terços os heterossexuais e homossexuais.

Androginia refere-se a dois conceitos: a mistura de características femininas e masculinas em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem masculino nem feminino.
Pessoa que se sente com uma combinação de características culturais quer masculinas (andro) quer femininas (gyne). Isto quer dizer que uma pessoa andrógina identifica-se e define-se como tendo níveis variáveis de sentimentos e traços comportamentais que são quer masculinos quer femininos.

Conceito de androginia humana

O andrógino é aquele(a) que tem características físicas e, em aditivo, as comportamentais de ambos os sexos. Assim sendo, torna-se difícil definir a que gênero pertence uma pessoa andrógina apenas por sua aparência.

Andróginos que prezam por sua androginia normente utilizam de adereços femininos, no caso de homens, ou masculinos, no caso de mulheres, para ressaltar a dualidade.

Dado isso, tende-se a pressupor que os andróginos sejam invariavelmente homossexuais ou bissexuais, o que não é verdade, uma vez que a androginia ou é um caráter do comportamento e da aparência individual de uma pessoa ou mesmo sua condição sexual psicológica, nada tendo a ver com a orientação sexual (ou identificação sexual), ou seja a atração erótica por determinado parceiro.
Desse modo, pessoas andróginas podem se identificar como homossexuais, heterossexuais, bissexuais ou assexuais.

Conceito na psicologia

Na psicologia, androginia é uma disforia de gênero rara que é responsável por uma condição psíquica em que o indivíduo se identifica como não sendo nem homem nem mulher, mas como uma pessoa de sexo mentalmente híbrido, o que se reflete em seu comportamento.

Dentro da psicologia, Sandra Ruth Lipsitz Bem (Pensilvânia, 22 de junho de 1944) desenvolveu um teste no qual considera-se a masculinidade e feminilidade num plano bidimensional.
Nessa modelagem, pessoas com traços significativos para a masculinidade e feminilidade obtidos, por exemplo, através do Inventário de Papéis sexuais de Bem poderiam ser consideradas como andróginas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula que haja em torno de seiscentos mil verdadeiros andróginos no mundo atualmente.
Os Andróginos possuem por natureza aptidão artística e criatividade o que podemos verificar principalmente no meio musical.
Além disso os portadores desse caráter psíquico/comportamental expressam valores de Q.I. elevados e uma percepção mais ampla dos relacionamentos humanos uma vez que analisam seu meio de convívio de vários pontos de vista diferentes.

Estudos revelaram que os portadores de androginia são em sua grande maioria ansiosos e excêntricos. A androginia não é uma doença e consequentemente também não possui uma cura.
O CID (Classificação Internacional de Doenças) não possui classificação específica para tal disforia. Para a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung o andrógino refere -se a uma integração dos pares de opostos anima e animus, respectivamente o feminino e o masculino ambas características ao mesmo ser.


Aline Santos é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista,Sacerdotiza, Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.