A Deusa Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”. É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.
Ostara é o primeiro dia da Primavera, ocorre cerca de 21 de Setembro no hemisfério Sul e 21 de Março no hemisfério Norte. O inicio da primavera marca também a volta do Sol e uma época do ano em que dia e noite tem a mesma duração depois do inverno. É o despertar da Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação.
A Deusa Ostara, também conhecida como Eostre (Deusa Anglo-Saxã, que significa Deusa da Aurora) ou Easter (Pascoa, em inglês), pois a páscoa no hemisfério norte é realizada nesta época, é uma deusa da primavera, da ressurreição e renascimento e tem como símbolo o coelho. Uma das principais tradições desse festival é a decoração de ovos. O ovo representa a fertilidade da Deusa e do Deus.
A Primavera é uma época de começar a plantar, época do amor, de promessas e de decisões, pois a Terra e a natureza despertam para uma nova vida as pessoas sentem-se diferentes neste período, mais dispostos, comem menos, dormem menos e acordam mais cedo, sentem-se mais felizes com esperanças renovadas na vida e na continuidade da existência.
Devido a isto a Igreja Católica posteriormente, absorveu a Páscoa das festividades pagãs de Ostara adaptando muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa, para aproximar os pagãos da nova religião nascente. Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.
O nome Eostre ou Ostara, como também a Deusa é chamada, tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, Muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.
Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra. Por ser uma Deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi se perdendo através dos tempos, e descrições, mitos e informações sobre ela são escassos.
Seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos, Deusa do Amanhecer na mitologia grega.
Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg ou Frigga deusa indo-européia esposa de Odin, ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril.
Outros pesquisadores a associam à Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Lendas:
Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam, e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa.
Para entreter as crianças Eostre disse algumas palavras mágicas, e o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre.
Isto maravilhou as crianças. Mas com o passar dos meses, as crianças repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não podia mais cantar nem voar.
As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Eostre tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la.
Eostre então decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída plenamente com seus poderes, Ela pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo.
Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre.
Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original ainda que por pouco tempo, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos que havia botado e os distribuiu pelo mundo.
A Deusa Eostre para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, entalhou a figura de uma lebre na lua, e que pode ser vista até hoje por nós em noites de lua cheia.
A Deusa Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.
Símbolos:
Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida.
Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.
A Deusa Eostre também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente.
Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Email: arcanjo.azul@hotmail.com
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