Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Obá Divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã de Óya (Iansã). Foi a terceira e mais velha esposa de Xangô, posteriormente foi mulher de Ogum.
Orixá guerreira, considerada até como uma Iansã velha. Senhora do rio Obá, na Nigéria, patrocinadora de conflitos, energia que se desenvolve nos coriscos.
Na natureza, Obá está ligada às enchentes, às cheias dos rios, às inundações. É ela quem vai reger todos esses fenômenos, sejam naturais ou provocados por erros humanos. Seu encantamento é feito desta forma, quando um rio transborda, inundando tudo.
Obá está presente também nos coriscos, poder que lhe foi dado pelo marido Xangô, pois ela também tem ligação com a energia elétrica, a eletricidade. É poderosa, sábia, madura e realista.
LENDA
Obá vivia em companhia de Oxum e Oyá (Iansã), no reino de Oyó, como uma das esposas de Xangô, dividindo a preferência do reverenciado Rei entre as duas Iyabas (Orixás femininos).
Obá percebia o grande apreço que Xangô tinha por Oxum, que mimosa e dengosa, atendia sempre a todas as preferencias do Rei, sempre servindo e agradando aos seus pedidos. Obá resolveu então, perguntar para Oxum qual era o grande segredo que ela tinha, para que levasse a preferencia do amor de Xangô, vez que Oyá, andava sempre com o Rei em batalhas e conquistas de reinados e terras, pelo seu gênio guerreiro e corajoso e Obà era sempre desprezada e deixada por último na lista das esposas de Xangô.
Oxum então, matreira e esperta, falou que seu segredo era em como preparar o amalá de Xangô principal comida do Rei, que lhe servia sempre que deseja-se bons momentos ao lado do patrono da justiça. Obá, como uma menina ingênua, escutou e registrou todos os ingredientes que Oxum falava e que eram de extrema importância para a realização de tal culinária, sendo que por fim Oxum, falou que além de tudo isso, tinha cortado e colocado uma de suas orelhas na mistura do amalá para enfeitiçar Xangô.
Obá agradeceu a sinceridade de Oxum e saiu para fazer um amalá em louvor ao Rei, enquanto Oxum, ria da ingenuidade de Obá que, sempre atenta a tudo, não percebeu que Oxum mentira, pois ela encontrava-se com suas duas orelhas escondidas sob um turbante. Oxum falara isso somente para debochar de Obá.
Obá em grande sinal de amor pelo seu Rei, preparou um grande amalá, e por fim cortou uma de suas orelhas colocando na mistura e oferecendo à Xangô como gesto de seu sublime amor.
Xangô ao receber a comida, percebeu a orelha de Obá na mistura, e esbravejou e gritou, e ele, num gesto de repugnância, expulsou Obá do reino de Oyó, sem considerar nenhuma explicação. Obá triste e desiludida, fugiu para bem longe e nunca mais voltou aos domínios de Xangô.
O ARQUÉTIPO DE OBÁ
As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente tendem a terem experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo que lhe pertencem.
São pessoas valorosas; incompreendidas; suas tendências, um pouco viris, fazem-na freqüentemente voltarem-se para o feminismo ativo; as suas atividades militantes e agressivas são conseqüências de experiências infelizes ou amargas por elas vividas. Os seus insucessos devem-se a um ciúme um tanto mórbido, entretanto, encontra compensações para as frustrações e sofrimentos em sucessos materiais.
Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas, principalmente em relação ao amor e as amizades.
Na vida dos seres humanos, Obá rege a desilusão amorosa, a tristeza, o sentimento de perda, o ciúme, a incapacidade do homem de ter aquilo que ama e deseja. Obá é a raiva, a solidão, a depressão, o sentimento de abandono.
Obá é também a frustração do homem e da mulher. Embora a lenda diga ser Obá uma guerreira, vencedora, ela consegue seu encantamento nas desilusões e frustrações, na derrota.
E toda essa dor, essa desesperança, esse abandono, ficou como marca registrada de Obá, e tais sentimentos tem a sua regência. Quando nos sentimos traídos, abandonados, sem esperança, com raiva, frustrados em nossos objetivos, desencadeamos essa força da natureza chamada Obá, que mexe no nosso interior. E a lógica diz que Obá é a “ultima gota”, que faz transbordar nossos sentimentos.
Obá é o desabafo: “ já não suporto mais...” , é a agitação do sentimento indevidamente mexido, afetado por algo ruim.
OBÁ NA NATUREZA
Na natureza, Obá está ligada às enchentes, às cheias dos rios, às inundações. É ela quem vai reger todos esses fenômenos, sejam naturais ou provocados por erros humanos. Seu encantamento é feito desta forma, quando um rio transborda, inundando tudo.
É um ato de excesso, de explosão, de revolta, desencadeado por uma força cósmica. Se um rio enche e transborda, é porque não suporta mais o volume de água, deixando escapar “aquilo que já não cabe mais”. Isso é Obá, essa é a sua regência, seu encantamento, sua influência
Obá está presente também nos coriscos, poder que lhe foi dado pelo marido Xangô, pois ela também tem ligação com a energia elétrica, a eletricidade. É poderosa, sábia, madura e realista.
MITOLOGIA
Uma vez banida do reino de Xangô, Obá se transformou numa guerreira poderosa e perigosa. Costumava vencer todos os seus opositores com relativa facilidade. Obá também possui grande beleza física, que, aliada à sua determinação, coragem e equilíbrio, fazia dela uma pessoa especial.
E o desejo de possuir tão bela e corajosa guerreira, levava muitos guerreiros a se confrontarem com ela, mas saíam sempre derrotados. E a notícia chegou até Ogum, rei de Ire, e guerreiro invencível.
O mensageiro trouxe a notícia:
- Meu senhor, ela é invencível!
- Eu sou invencível!, Rebateu Ogum, ao mensageiro.
- Mas ela é poderosa. Ainda não foi derrotada, Senhor!
- É porque ela não enfrentou Ogum! Disse o próprio.
E Ogum mandou que seu mensageiro fosse avisar a Obá que ele,Ogum, iria enfrentá-la, derrotá-la e possuí-la.
Obá recebeu a mensagem e retrucou:
- Que assim seja...
Ogum partiu de Ire, em busca de sua poderosa adversária e tinha em mente tomá-la para si. No campo, onde a luta seria travada, Ogum chegou primeiro e, como bom caçador, montou a armadilha para derrotar Obá. Mandou que seus homens triturassem uma grande quantidade de quiabo e passassem pelo chão. Assim, Obá não conseguiria ficar de pé e seria facilmente vencida.
A hora chegou. Ambos estavam presentes ao campo de batalha. De um lado Ogum, o guerreiro violento e imbatível. Do outro, Obá, a guerreira bela e invencível. No meio, entre um e outro, a armadilha preparada por Ogum.
Olharam-se, estudaram-se e Obá tomou a iniciativa. Partiu para cima do adversário, sem perceber o quiabo espalhado pelo chão. O tombo foi imediato. Obá não conseguia firmar-se de pé.
Ogum, que a tudo observava, lentamente dirigiu-se à sua adversária, empunhando a espada. Obá, sentindo que seria vencida, num rápido movimento, puxou Ogum para si, fazendo com que o guerreiro também escorregasse e caísse em sua própria armadilha.
Foi uma grande luta! Não de cruzamento de espadas, mas para ficar de pé. Durante horas e horas tentaram os dois, em vão erguer-se e derrotar o oponente, mas não conseguiram nem ao menos colocar os dois pés no chão, sem escorregarem em seguida.
Lutaram até a fadiga total e declararam um empate. Não havia vencedor nem perdedor. Ogum, o invencível, não conseguiu vencer Obá, por sua vez, Obá não conseguiu derrotar o poderoso Ogum.
Ali mesmo amaram-se, em respeito à força e ao encanto do outro. Afinal, são dois verdadeiros guerreiros. Ogum ainda tentou levá-la para si, mas o coração de Obá pertencia, pela eternidade, a Xangô. E ela partiu para encontrar seu próprio destino, mesmo com dor no coração.
CARACTERÍSTICAS:
OBÁ tem um caráter apaixonado, irascível e corajoso, não teme nada nem ninguém, gosta de brigar.
Nada mais natural que ela aprecie a cor vermelha.
OBÁ se veste como os demais orixás de energia negativa, ou seja, feminina, apreciando tecido simples encorpado, sem brilho.
As ferramentas de OBÁ são sempre de cobre.
OBÁ senhora da guerra, amazona destemida, uma sábia e justa feiticeira.
Xangô desdenha OBÁ porque ela é idosa e sem atrativos, mas morre de medo dela, do poder enorme que ela tem.
OBÁ desconhece o medo e não existe empecilhos que a desviem de suas finalidades .
Ela é prática, objetiva, poderosa, leal e corretíssima.
Todo aquele que tenha uma questão em fase de apelação, isto é, se tiver perdido e necessitar recorrer para instância superior, deverá pedir ajuda a OBÁ.
Mas existe um importante lembrete: ELA SÓ AJUDA OS INJUSTIÇADOS.-
Dia: quarta-feira;
Data: 30 e 31 de maio;
Metal: Cobre;
Cor: marrom-rajado;
Partes do corpo: audição, orelha e junto com Ewá, protege o consciente;
Comida: Abará (massa de feijão fradinho cozido enrolado em folhas de bananeira), acarajé e amalá (quiabo picado);
Símbolos: ofangi (espada) e um escudo de cobre.
Fontes:
http://guardioesdaluz.sites.uol.com.br/obaafro.htm
http://dofonodelogum.sites.uol.com.br/oba.html
http://www.vetorial.net/~rakaama/o-oba.htm
ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Email: arcanjo.azul@hotmail.com
te amoo minha mae oba nuncza esqueça kii sou sua filha e kii a senhora e meu orixaa
ResponderExcluirooooooobaaaaaa xiiiiiireee
Adorei a história de Obá sou deste orixá é fiquei bem feliz com o resumo da lenda parabéns...
ResponderExcluirmuito lindo, e sim obá r agum é um ajunto possivel, raro! mas possivél exó oba xirê mãe <3
ResponderExcluirlindo... muito lindo e é sim possivél um ajunto de obá com ogum, raro, mas possivél, exó linda obá xire deusa de minha vida... <3
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